Dilma Rousseff inaugura a primeira Casa da Mulher Brasileira

03/02/2015 16h35

Na cerimônia na manhã desta terça-feira (3/02), em Campo Grande (MS), a presidente destacou a importância da ação conjunta entre dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para enfrentar a violência contra a mulher.

Foto: Divulgação

“Vamos pegar o touro à unha e construir o espaço de humanidade e sentimento, que se abre como acolhimento e proteção à mulher vítima de violência. Intolerância zero será o nosso lema em cada uma das capitais onde funcionarão as Casas da Mulher Brasileira”, afirmou.

Ela estava acompanhada de seis ministras de seu governo; da vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia; de Maria da Penha, farmacêutica inspiradora da Lei que leva seu nome; do governador Reynaldo Azambuja; do prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte, e de dezenas de lideranças políticas e de entidades da sociedade civil.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse que a inauguração é um acontecimento histórico, realizado por um governo comprometido verdadeiramente com a luta das mulheres: “Gostaria de hoje homenagear aquelas que em outros tempos, por falta de instrumentos sociais, foram maltratadas, violentadas ou mesmo mortas sem ter condições de se defender. Esta Casa é o compromisso do Estado Brasileiro em defesa do direito da mulher viver sem violência e exercer sua cidadania com dignidade e respeito. As medidas protetivas estarão concentradas em favor da celeridade do atendimento”.

A Casa inaugurada conta com Delegacia Especial de Atendimento à Mulher; Juizado; Defensoria Pública, Promotoria, Equipe psicossocial e de Orientação para inclusão financeira, área de convivência, brinquedoteca, auditório, refeitório, alojamento e celas para prisão provisória dos agressores. Ela tem 126 servidores e poderá atender entre 200 e 250 pessoas por dia, a começar de hoje.

A construção das Casas foi sugestão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou a situação da violência contra a mulher no Brasil que funcionou no Congresso Nacional em 2013. A ação foi incorporada ao Programa Mulher Viver sem Violência da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).

A ministra Eleonora Menicucci lembrou tratar-se da necessidade de interromper a “Via Crucis” que acompanha a mulher em situação de violência: “Agora os serviços estão concentrados e a vítima não precisará mais perambular dias e dias em busca de atendimento. A intenção é resolver tudo em um só dia”, afirmou.