Instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1991, o Dia da Parteira é comemorado internacionalmente dia 5 de maio. Essa data é importante não apenas para parabenizar as parteiras, mas também voltar nossa atenção às dificuldades enfrentadas por quem exerce essa digna e antiga profissão.

Para homenagear e sublinhar o trabalho desempenhado pelas parteiras no cuidado prestado às mulheres e à vida humana, a Liga de Humanização do Parto e Nascimento (LHPN), em parceria com a Rede pela Humanização do Parto e Nascimento (ReHuNa) realizou nos dias 03 e 05 de maio, na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (FS/UnB), o encontro “Parteiras Liderando o Caminho com Assistência de Qualidade”.

Além das mesas de debate, o evento exibiu o documentário “Umbigo, a história de Valdeci Santana”. Participaram: Ritta Pinho, parteira tradicional; Lotte Ten, parteira formada na Holanda; Felipe Pereira, antropólogo; Paloma Terra, parteira formada nos EUA e Mariama, representando sua mãe, Valdeci.

Reconhecimento

No Brasil, exercer uma das profissões mais antigas da humanidade não é tarefa fácil para cerca de sete mil mulheres e homens que atuam no pré-natal, auxiliam no nascimento e orientam o pós-parto, a amamentação e os cuidados com os recém-nascidos.

O tema mereceu várias audiências no Congresso em 2017 para considerar a importância do partejar na realidade das comunidades rurais nas regiões onde o acesso à assistência médica é precário.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) lembrou em discurso a eficácia dos atendimentos prestados pelas parteiras em contraste com as condições limitadas de trabalho impostas a elas pela realidade social. “Grande parte, na região Norte, são indígenas e sem escolaridade. Precisamos de políticas públicas para investimento na formação em respeito a esse patrimônio imaterial tão importante para a nossa história e a nossa cultura” afirmou.