Procuradora da Mulher e diretora-geral debatem equidade de gênero em Embaixada

13/03/2018 17h20

A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, apresentou nessa terça-feira (13), na Embaixada do Reino Unido, números que demonstram o avanço do espaço e dos direitos conquistados pela mulher desde a Constituição de 1988, quando as 26 mulheres parlamentares – e constituintes – conseguiram aprovar 974 das 3321 emendas apresentadas pela bancada feminina.

Sobre a realidade funcional no Senado Federal, Ilana lembrou que as mulheres representam pouco menos de 28% do quadro de carreira do Senado, mas ocupam 48,49% das funções gerenciais.

O debate fez parte do painel sobre a participação da mulher nos parlamentos e no mercado de trabalho, durante o lançamento da Rede de Mulheres do Programa Chevening no Brasil, realizado na embaixada. O evento foi organizado pelo Chevening, iniciativa do governo do Reino Unido que, desde 1983, concede bolsas de estudo a estrangeiros.

A procuradora da Mulher no Senado, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), também participou do debate. Ela confirmou que as mulheres têm, em geral, melhor formação, mas no mercado de trabalho são, muitas vezes, preteridas na escolha de chefias. Segundo a parlamentar, a conquista da equidade depende da conscientização dos homens, do investimento na educação inclusiva e da disposição das mulheres de ocupar espaços políticos e de reivindicação.

Vanessa Grazziotin destacou ainda os números mundiais da violência contra a mulher, inversamente proporcionais à participação feminina na política. O Brasil, lembrou a senadora, figura em 152º lugar – entre 190 países – em ranking divulgado em 8 de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a participação de mulheres nos parlamentos.

O diálogo, que teve como tema central a “igualdade de gênero no local de trabalho”, serviu para a troca de conhecimentos e experiências entre atores de várias organizações. Além do Senado, estiveram representados no evento a Câmara dos Deputados, o Governo do Distrito Federal, a ONU Mulheres, a Secretaria Nacional de Políticas da Mulher e a Unesco, além do movimento Mulheres do Brasil e universidades.

Com informações de Marília Serra e Nilo Bairros, da Assessoria de Comunicação da Diretoria-Geral (Dger)