Comissão discute a violência sexual contra as mulheres nas universidades do país

11/11/2015 13h54

Foi discutido ontem, 10/11, na Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher do Senado Federal, a situação da violência sexual contra as mulheres nas universidades do País.

A iniciativa foi da relatora da comissão, deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), que se amparou em dados da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres segundo os quais uma mulher é vítima de estupro a cada 12 segundos no País.

Simone Tebet (PMDB-MS), presidente da comissão, fez a abertura da audiência falando sobre o lançamento do Mapa da Violência 2015, no qual o Brasil ocupa no índice de feminicídio a quinta posição num grupo de 83 países, “os números nos entristecem e apontam que a grande faixa de vulnerabilidade da mulher é na adolescência, o que nos leva a refletir sobre a violência nas universidades”.

A presidente da Marcha Mundial das Mulheres, Nalu Faria, destacou a importância da voz feminina nas universidades e na sociedade, “hoje nós estamos numa grande mobilização das mulheres e o chamado que fazemos nas universidades é que as mulheres não se ocultem. O principal objetivo é que a sociedade considere a violência algo inaceitável”.

O evento também contou a presença do Ministério Público Federal, da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, de representantes da Universidade de Brasília e do Conselho Nacional da Juventude.

Entre os parlamentares estavam a senadora Regina Sousa (PT-PI) e as deputadas Benedita da Silva (PT-RJ), Christiane Yared (PTN-PR), Carmen Zanotto (PPS-SC), Conceição Sampaio (PP-AM), Moema Gramacho (PT-BA), Dâmina Pereira (PMN-MG) e Maria do Rosário (PT-RS).

Depois do debate sobre violência sexual nas universidades, a comissão votou três requerimentos, todos aprovados, um deles de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). A parlamentar quer discutir a situação de mulheres mutiladas por seus companheiros, por retaliação à decisão delas de abandoná-los, e também das brasileiras presas (em quase 70% dos casos, por envolvimento com o tráfico de drogas), e possibilitar ao ministério da justiça por meio do departamento penitenciário nacional apresentação técnica do Primeiro relatório nacional sobre a população penitenciária do país InfoPenMulheres.