Cerimônia inicia campanha Outubro Rosa contra o câncer de mama

Em 2016, iniciativa completa dez anos de promoção do diagnóstico precoce no Brasil
05/10/2016 15h21

rosailuminaçãoUm público de 200 pessoas, entre parlamentares e autoridades convidadas, prestigiou a cerimônia de lançamento da Campanha Outubro Rosa, nesta terça-feira, 4 de outubro. Com a iluminação de prédios públicos, como o prédio do Congresso Nacional, a campanha chama a atenção da sociedade para a prevenção do câncer de mama.

Mais de 20 órgãos governamentais e entidades de mulheres integram do Grupo de Trabalho que definiu um calendário comum de atividades para a campanha deste ano. Diretor de Relações Governamentais da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Tiago Turbay, considera este 2016 especial.

“Instituída internacionalmente nos anos 1990, há dez anos a campanha foi introduzida no Brasil”. Segundo ele, “a ideia, este ano, é inaugurar um novo ciclo de decisões propositivas a respeito do câncer de mama”.

De acordo com o calendário comum, três audiências públicas já estão programadas no Congresso, para discutir a lei dos 60 dias e a lei da reconstrução mamária, no dia 19; a acessibilidade dos exames preventivos para mulheres com deficiência, no dia 20; e os principais tipos de câncer incidentes em mulheres, dia 25.

Exposição

A primeira solenidade da noite foi a inauguração oficial da exposição fotográfica Viva Vida. Aberta até o dia 14 de outubro, no Espaço Galeria do Senado, a exposição promovida pela Recomeçar – Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília combina fotografias e relatos.

Vestindo camisetas da associação, as integrantes da Recomeçar posaram para inúmeras fotos ao lado de seus retratos.  “Queremos passar com a exposição a mensagem de que é possível superar a doença, vencer o câncer de mama e recomeçar a vida”, disse Joana Jeker, presidente da Recomeçar.

“São mensagens de mulheres que passaram pelo tratamento, passaram pelo processo de reconstrução da mama e retomaram sua vida social”, disse Joana. Ela mesmo detectou um nódulo em autoexame, aos 30 anos de idade. Depois, tornou-se uma líder em saúde.

Homenagem

daherVanessa Grazziotin (PCdoB-AM), procuradora da Mulher no Senado, quebrou o protocolo na abertura dos trabalhos, para homenagear o médico Gibran Daher, falecido no dia 25 de setembro, aos 27 anos, autor do livro “George Nicholas Papanicolau – o legado”, juntamente com Rana S. Hoda.

De acordo com a senadora, a morte precoce de Gibran não o impediu de se constituir em “um profissional cujo perfil deve servir de referência à classe médica no acolhimento humanitário, como exemplo de engajamento à causa em defesa da saúde da mulher, atuando na prevenção do câncer e realizando partos em ambiente humanizado”.

Emocionada, a mãe de Gibran, Silvia Daher, servidora da Ouvidoria do Senado, também discursou. Ela lembrou a dedicação do filho, reconhecido também com a atribuição do nome de Gibran para designar a Liga Cardiotorácica dos Acadêmicos de Medicina, na Universidade Católica de Brasília.

Presenças

Entre os muitos parlamentares presentes, estavam as deputadas Elcione Barbalho (PMDB-PA), procuradora da Mulher da Câmara dos Deputados; Dâmina Pereira (PSL-MG), secretária da Mulher da Câmara, e Carmen Zanotto (PPS-SC), presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Câncer de Mama.

A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) representou o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e pediu serviço mais integrado na rede de atendimento à mulher. Estavam presentes Ana Amélia (PP-RS), Ângela Portela (PT-RR), Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Kátia Abreu (PMDB-TO), Lídice da Mata (PSB-BA), Lúcia Vânia (PSB-GO), Regina Sousa (PT-PI), Rose de Freitas (PMDB-ES) e Simone Tebet (PMDB-MS).

Entre autoridades diplomáticas e políticas, prestigiaram o lançamento Lorena Martínez, embaixadora da Nicarágua; Julie-Pascale Moudoute-Bell, embaixatriz da República Gabonesa; Grace Maria Fernandes Mendonça, ministra da Advocacia-Geral da União (AGU); Fátima Pelaes, secretária especial de políticas para as mulheres. Do governo de Brasília, Márcia Rollemberg, colaboradora; Vera Lucia da Silva, secretária adjunta de mulheres, igualdade racial e direitos humanos, e Lúcia Bessa, subsecretária de política para mulheres.

Fotos: Marcelo Favaretti