Bancada feminina lança segunda edição do Livreto “Mais Mulheres na Política”

16/06/2015 19h05

Com lenços lilases e vermelhos no pescoço, cartazes nas mãos e um largo sorriso no rosto, cerca de 150 mulheres entre ministras de estado, senadoras, deputadas federais e representantes da sociedade civil ecoaram a palavra de ordem “Reforma, política, tem que acontecer, eu quero ver o povo e as mulheres no poder”. Nada a ver com a ditadura da moda, a bandeira que marcou o lançamento da segunda edição do Libreto Mais Mulheres na Política, nesta terça-feira (16/6), na Câmara dos Deputados,  foi igualdade de direitos em defesa da cota de 30% de vagas para mulheres no Congresso.

Foto: Marcelo Favaretti

A Procuradoria da Mulher do Senado, representada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), apresentou a segunda edição do livreto  “Mais Mulheres na Política. A produção conta com o apoio da Bancada Feminina do Congresso Nacional e aborda especificamente a igualdade de gênero, com informações recentes e dados estatísticos atualizados sobre a participação da mulher nos parlamentos do Brasil, América Latina e no  mundo.

O lançamento coincide com o momento histórico: a primeira votação  da cota de 30% para mulheres, pela Comissão de Reforma Política da  Câmara. “Temos que ter uma vitória hoje. Depois da Câmara, se aprovada, ela segue para o Senado e volta para a Câmara caso haja alguma modificação. Como é uma proposta de emenda constitucional, precisamos aprová-la em dois turnos a mesma redação nas duas Casas”, explicou Vanessa Grazziotin, ao admitir que “essa é uma luta que terá ainda um tempo de estrada”.

O estudo apresenta evolução da mulher na política brasileira, desde a conquista do direito ao voto até nossa presença e evolução no Parlamento. Ele disponibiliza mapa  impresso, produzido pela ONU Mulheres e União Interparlamentar, com a triste realidade sobre a participação de brasileiras no Parlamento. No Brasil, dos 513 assentos da  Câmara dos Deputados, as mulheres ocupam apenas 51 lugares; uma representatividade de 9%. No Senado, são 13 mulheres, equivalente a 14,8 % do total de vagas.

O Brasil apesar de ser a sétima potência mundial é 158º colocado na participação de mulheres no Parlamento. Na America do Sul está atrás de Peru, Colômbia, Bolívia, Argentina e Paraguai. A senadora Vanessa está otimista: “O passo que vamos dar hoje é muito importante. Se não for a vitória que a gente queria, mas que seja uma vitória que nos ajude  a ampliar a participação das mulheres na política”, afirmou.

Foi uma decisão da Bancada Feminina, a antecipação do lançamento da cartilha que  tem como objetivo auxiliar na construção de alternativas para a superação do quadro de baixa participação da mulher no mundo político-partidário. “Queremos a presença de vocês durante todo o dia de hoje, para nos ajudar junto aos parlamentares e às bancadas”, convidou Grazziotin ao apresentar a publicação.

 

Assessoria de Comunicação da Procuradoria da Mulher