Ato no Congresso defende aprovação do PL dos 30 dias

O projeto altera a Lei 12.732, de 2012, para estipular que, nos casos em que houver hipótese principal de câncer (neoplasia maligna), os exames devem ser realizados em 30 dias.
20/03/2019 15h40

Para defender a vida das mulheres com câncer e promover a economia de recursos públicos na área de saúde, a Recomeçar – Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília promoveu um ato público, no gramado em frente à Câmara dos Deputados, pela aprovação do PLC 143/2018, conhecido como PL doas 30 Dias.

O projeto altera a Lei 12.732, de 2012, para estipular que, nos casos em que houver hipótese principal de câncer (neoplasia maligna), os exames devem ser realizados em 30 dias.

Foto: Marcelo Favaretti/ProMul

Urgência

De autoria da senadora Carmen Zanotto (PPS-SC), o projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro de 2018. Hoje tramita na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.

Presidente da Frente Parlamentar Mista da Saúde, a deputada Carmen exortou a Procuradoria da Mulher do Senado a mobilizar a bancada feminina da Casa para pedir ao presidente Davi Alcolumbre (DEM-AC) rapidez especial na tramitação do projeto, evitando o seu envio a outras comissões, de modo a levá-lo o mais rapidamente possível para aprovação no Plenário.

 

Sobreviventes

“Nós somos sobreviventes do câncer de mama e sabemos da importância de um diagnóstico rápido”, disse Joana Jeker, diretora-presidente da Recomeçar. Segundo ela, “não se trata somente de uma luta pela vida, mas de defesa de um SUS eficiente”.

Jair Soares, da Defensoria Pública da União, disse que o tratamento do câncer diagnosticado tardiamente custa 8 vezes mais e que 40% das ações da DPU são relacionadas à saúde. Segundo ele, “pacientes diagnosticados precocemente têm mais chance de sobreviver, custam menos ao Estado e têm chance maior de retornar ao mercado de trabalho, no qual voltam a ser contribuintes”.

União

O deputado Dr. Frederico (PATRI-MG) disse que traz para sua primeira experiência parlamentar sua experiência técnica e prática. Oncologista, ele defendeu uma abordagem multidisciplinar. “A unidade de todos é a única forma de combater o câncer”.

A deputada Sílvia Cristina (PDT-TO), presidente da Frente Parlamentar Mista em Prol da Luta contra o Câncer, disse que “mesmo não sendo médicos, todos nós podemos salvar vidas na luta por mudanças legislativas que aperfeiçoem o controle do câncer”.

Superação

As deputadas Érika Kokay (PT-DF) e Tereza Nelma (PSDB-AL) compartilharam suas experiências de superar o câncer. “Eu fiz um câncer em 2001, e fui beneficiada por um diagnóstico precoce, feito casualmente, e que fez toda diferença”, disse Érika.

Já a deputada Tereza enfrentou cânceres de reto, em 2011, de pâncreas, em 2012, e de mama, em 2015. “E vejam que nesse período fiz duas campanhas, para vereadora e deputada”, destacou. Ele defendeu que “as mulheres mastectomizadas – principalmente as de braço de cristal – sejam consideradas como pessoas com deficiência”.

O deputado Aroldo Martins (PRB-PR) também participou do ato. Ele garantiu apoio da bancada de 31 deputados do seu partido. “Podem contar com todos nós”, disse.

 

Foto: Ascom Defensoria Publica Da União