Senadora Lídice da Mata
Na Assembleia Nacional Constituinte a senadora Lídice da Mata exerceu seu primeiro mandato de deputada federal, eleita pelo PMDB da Bahia. Foi membro titular da Comissão da Organização Eleitoral, Partidária e Garantia das Instituições, da Subcomissão do Sistema Eleitoral e Partidos Políticos, suplente da Comissão de Sistematização e da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher. Apresentou 196, 20 foram aprovadas integralmente e 11 parcialmente.
Integrou a chamada Bancada do Batom, suprapartidária, que reunia 26 deputadas, eleitas por 16 estados, de distintos partidos. Atuando em parceria com movimentos sociais, a Bancada do Batom criou a Tribuna Livre que, durante o processo Constituinte, abriu o Congresso Nacional para debates e manifestações da sociedade civil. Unidas, as deputadas constituintes conseguiram aprovar 80% das três mil emendas apresentadas por elas, com destaque para definição da igualdade jurídica.
Sem edição de conteúdo, o depoimento está disponível em áudio e vídeo, dividido em cinco blocos. Degravado pela equipe da Secretaria de Registro e Redação Parlamentar da Secretaria Geral da Mesa (SGM), pode ser lido na íntegra, aqui.
A chegada à Constituinte depois da experiência na política estudantil e de um mandato de vereadora, em Salvador. A campanha, com apoio do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, que elegeu mulheres de 16 estados de partidos ideologias diversas. Bancada do Batom: a força na atuação articulada. Conquistas de direitos sociais e de trabalhadores. Lutas contra o machismo institucional e cultural. Defesa de direitos para trabalhadoras domésticas. Preconceitos enfrentados e a conquista do respeito pela presença constante, a participação nos debates e a competência política.
Debates acirrados sobre aborto. Votos. O parlamentarismo que não passou e a aprovação da medida provisória, limitando Poder Legislativo. A relação entre os Poderes definida na Constituição. Experiência e dificuldades no comando da prefeitura. Reforma tributária como pauta obrigatória para corrigir desigualdades e melhorar distribuição de recursos para estados e municípios. A organização do Estado definida na Constituição de 88 – qualidades e defeitos. Regras de gestão do serviço público e ajustes aos novos tempos e novas tecnologias.
O Judiciário e o Ministério Público na Constituição de 88. O equilíbrio entre os três poderes. A reforma política fundamental para aperfeiçoar o sistema democrático brasileiro. As distorções do sistema eleitoral e na distribuição do fundo partidário. A importância da liberdade na organização partidária, consagrada na Constituição de 88. Necessidade de prevenir abusos.
O que envelheceu na Carta de 88. Reformar sem retroceder em conquistas fundamentais nos direitos consagrados na Constituição Cidadã. Emendas, atuação na Constituinte, e a nota 9,5 do DIAP. Momentos mais tensos e mais emocionantes. Lutas para garantir a ampliação dos direitos das mulheres, que, na Constituição 88, conquistaram igualdade direitos e cidadania.