O início da militância política na política estudantil, na campanha pela anistia; a campanha pelo mandato para a Constituinte com as bandeiras da resistência à ditadura e pela redemocratização; o aprendizado na Constituinte como parlamentar jovem, que assumiu o mandato aos 25 anos; o orgulho de ter sido autor de emendas que beneficiaram de forma direta a vida das pessoas, como o transporte coletivo gratuito para os idosos e o direito à aposentadoria de um salário mínimo para os trabalhadores rurais; assim como de ter sido coautor da emenda que permitiu o voto de aos 16 anos.

Atuação como vice-líder do PMDB na Constituinte por escolha pessoal do senador e líder Mário Covas; como vice-líder atuou na subcomissão da Família do Menor e do Idoso, onde o relatório do senador Artur da Távola não foi aprovado. A cena da sessão da comissão reunida sob uma chuva de cédulas de dinheiro; a longa noite de votação e obstrução na votação do projeto final do relatório da comissão, que tratava de temas polêmicos das áreas de comunicação, educação, ciência e tecnologia como a discussão sobre abertura das concessões de televisão para o capital estrangeiro, ensino privado versus ensino público, a reserva de mercado na área de tecnologia.

A emoção do momento da promulgação da nova Constituição e o discurso do seu presidente Ulysses Guimarães; os avanços da nova Carta, resultado de um pacto político do país que saía de um regime de exceção; os grupos de pressão que mais conquistaram direitos na Constituinte, como índios e as corporações; a Constituição voltada para a cidadania, exagerada nas despesas e o Estado gigantesco; a necessidade de uma reforma para promover uma melhor partilha de recursos entre Estados e Municípios e União; o problema das vinculações orçamentárias; a Constituição como elemento de redução do poder das assembleias estaduais e do Congresso Nacional; o abuso na edição de medidas provisórias pelo Executivo; a distorção de um Brasil que deixou de ser república federativa e passou a ser Estado unitário; as inúmeras e graves distorções que pedem a revisão da Constituição.

A defesa do presidencialismo; dos quatro anos para o presidente Sarney; porque recusou receber concessões de rádio e televisão em troca do voto pelos cinco anos de mandato; o comparecimento maciço à votação do sistema de governo e a aprovação do presidencialismo; os constituintes e a suposta ameaça de golpe militar.

O que reformaria para modernizar a Constituição, torná-la contemporânea, como permitir a prisão com condenação em segunda instância; hoje mudaria posição para acabar com o foro privilegiado; porque prefere nova constituinte específica para mudar determinados temas, como reforma tributária e reforma política para implementação daqui a 12 anos; o problema do modelo de Estado unitário excessivamente grande que não funciona bem, que resulta em um modelo ineficiente, corrupto e que precisa ser mudado; como a Constituinte impactou sua vida; a esperança do jovem que chegou ao Congresso; a decepção com os rumos que o país tomou; a corrupção; os princípios de moralidade na administração pública na Constituição que não foram observados; a esperança de um futuro melhor.