Jeriva ou coco-pindô. Família: Arecaceae.

p>Syagrus romanzoffiana, popularmente conhecida como jerivá, é uma espécie de palmeira nativa do Brasil central. Taxonomistas afirmam que a evolução desta espécie se deu exclusivamente em algum lugar do que hoje é conhecido como região sudeste para o centro-oeste do Brasil, tendo seu epicentro e centro de origem no cerrado paulista.

O jerivá é reconhecido por seu tronco alto e majestoso, folhas pinadas e frutos ovais. Seus frutos são comestíveis e ricos em nutrientes, sendo utilizados na produção de óleos vegetais e produtos alimentícios. Tradicionalmente, suas folhas são utilizadas na fabricação de artesanatos e coberturas de telhados.

Além disso, o tronco do Syagrus romanzoffiana é utilizado na fabricação de móveis, utensílios domésticos, ripas de telhado e até como calhas e canais para bicas d'água.Devido à sua beleza ornamental e versatilidade, o jerivá é frequentemente cultivado como planta de paisagismo em parques, jardins e áreas urbanas, sendo inclusive o símbolo do Jardim Botânico de São Paulo. É representado em muitos brasões municipais pelo Brasil, sendo um símbolo recorrente em nossa cultura.

Historicamente, o jerivá está ligado à cosmogênese Guarani e ao mito da criação deste povo. No entanto, resquícios arqueológicos comprovam que o coco do gênero Syagrus, incluindo o jerivá, foi o alimento básico das primeiras levas de imigração humana na América do Sul, sustentando os chamados paleoíndios antes da domesticação do milho e da mandioca.

Por fim, o jerivá acrescenta ainda mais simbolismo por ser associado aos primeiros relatos dos portugueses sobre o Brasil, onde os nativos chamavam a terra de Pindorama, sendo que "pindô" significa palmeiras em geral, mas usualmente se refere aos jerivás, as mais majestosas palmeiras da mata nativa até então. Este argumento linguístico é corroborado pelo fato de que entre os falantes de Guarani no entroncamento de Mato Grosso do Sul e Paraguai, o nome do jerivá é Pindô.