Flora do Senado

Romã ou romanzeira

Punica granatum

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Punica granatum: Romã. Família: Lythraceae.

Punica granatum, conhecida como romãzeira, é uma espécie botânica originária da região do Oriente Médio, mais precisamente do histórico e geograficamente chamado Crescente Fértil. São arvoretas que vivem em média 200 anos, produzindo flores atrativas para beija-flores e frutos comestíveis para a avifauna.

As romãs são frutos ricos em antioxidantes, como polifenóis e vitamina C, além de conterem fibras e outros nutrientes benéficos para a saúde. Sua casca, tecnicamente o pericarpo, é um poderoso adstringente composto por ácido gálico, manita, grenadina e punicinina, que são compostos antihelmínticos e antidesintéricos.

Na indústria alimentícia, os derivados da romã, como sucos, molhos e xaropes, são amplamente utilizados devido ao seu sabor único e às suas propriedades funcionais. Os iranianos veneram e cultivam a romã há milênios, dedicando até uma festa à fruta. Este povo leva o cultivo da romã a um nível mais sofisticado, com muitas variedades, preparos e usos culinários.

A romã é frequentemente mencionada em textos antigos do antigo Egito, Babilônia, Grécia clássica, no Velho Testamento, no Talmud babilônico e no Alcorão. É um indiscutível ícone dos jardins da antiguidade, sendo documentado seu uso ornamental em textos babilônicos, gregos, romanos, árabes, italianos e espanhóis.

Sua abundância de sementes está associada à fertilidade, e o ritual brasileiro de guardar as sementes na carteira na virada do ano para atrair dinheiro é muito antigo, talvez tendo origem no fato de suas sementes serem numerosas e estarem unidas.