Flora do Senado
Goiabeira ou goiaba
Psidium guajava
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Psidium guajava: Goiaba. Família: Myrtaceae.
Psidium guajava, conhecida popularmente como goiaba, tem origem incerta dentro da América tropical, o que sugere uma disseminação antropogênica, acompanhando o ser humano nas Américas desde as primeiras migrações. As goiabas são frutas redondas ou ovais, com casca verde quando estão verdes e amarela ou vermelha quando maduras. Seu interior contém uma polpa suculenta e muitas sementes. Nas Antilhas, onde os espanhóis tiveram o primeiro contato, seu nome nativo é Koiab, significando “com muitas sementes” na língua Taino, falada pelos povos indígenas da região na época.
Além de seu valor nutricional, as goiabas são ricas em vitamina C, fibras e antioxidantes. Elas são consumidas tanto in natura quanto em sucos, doces, geleias e outros produtos alimentícios, sendo uma fruta versátil e apreciada em várias culinárias ao redor do mundo. Sua madeira é dura e fácil de trabalhar, tradicionalmente usada em cabos de ferramentas e vários instrumentos agrícolas, além de fornecer carvão de alto poder calorífico. Além disso, é uma das melhores para a indústria aeronáutica devido à sua elasticidade combinada com resistência e leveza.
A goiaba é conhecida por suas propriedades adstringentes, sendo usada para combater a diarreia e no tratamento de afecções na boca. Do ponto de vista econômico, é uma cultura importante em muitas regiões tropicais e subtropicais, gerando empregos e renda para agricultores e indústrias alimentícias. No Brasil, é matéria-prima de uma iguaria tradicional, a goiabada.
Antes do descobrimento, a goiaba já estava amplamente disseminada no Brasil, sendo descrita pelo cronista português Gabriel Soares de Sousa em 1587, que a considerava “indígena”. A introdução da goiabeira no Brasil é difícil de determinar devido à sua fácil disseminação tanto pelo homem quanto pelos animais, como aves e mamíferos, e ao seu caráter espontâneo.