Libidibia ferrea: Pau-ferro ou Jucá. Família: Fabaceae.

A Libidibia ferrea,/>, mais conhecida como pau-ferro, é uma árvore nativa da região da Mata Atlântica no Brasil. Reconhecida por sua madeira densa e resistente, de cor avermelhada característica, é amplamente utilizada na fabricação de móveis, instrumentos musicais e na construção civil. Contudo, seu papel na arborização urbana é igualmente significativo, encontrando destaque em projetos de paisagismo de renomados arquitetos como Burle Marx, tanto em Brasília quanto no Rio de Janeiro.

Além de suas aplicações na indústria, o pau-ferro possui relevância na medicina tradicional. A tintura de sua resina, conhecida como bagre de jucá, é utilizada para diversos fins medicinais. A madeira da Libidibia ferrea é de cerne duro, com fibras reversas, de coloração vermelho escura quase preta, com manchas amarelas, e é difícil de ser desdobrada. É utilizada para vigas, esteios, estacas e lenha, sendo considerada excelente para a produção de álcool, coque e carvão.

Na cultura indígena, os tupinambás utilizavam o lenho dessa árvore para confeccionar clavas, que tinham uso ritualístico, como relatado por Hans Standen. O termo "jucá" na língua tupi-guarani é polissêmico, podendo significar a árvore pau-ferro, o tacape feito desse material ou até mesmo o verbo "matar". A variedade Leiostachya é especialmente empregada em paisagismo e arborização de praças e ruas, destacando-se por seu porte e pelos desenhos em tons claros e escuros que se formam em seu tronco. Burle Marx explorou esse potencial em seu Sitio Santo Antônio da Bica, rebatizado como Sitio Burle Marx, onde essa espécie é proeminente. Marx também utilizou essa variedade na arborização da SQS 308, em Brasília, contribuindo para a criação de um dos mais belos jardins do Distrito Federal.