Flora do Senado
Pinha, fruta-do-conde ou ata
Annona squamosa
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Pinha, fruta-do-conde ou ata
A Annona squamosa, comumente conhecida como pinha, é uma árvore frutífera nativa das regiões tropicais da América Central e do Caribe. Introduzida no Brasil em 1626 pelo Conde de Miranda, recebeu o nome de fruta-do-conde, embora tenha diversos nomes regionais em todo o país, como pinha, atemoia, condessa, ata e araticum no Rio Grande do Sul, este último originário do Tupi-Guarani e significando "fruto mole".
A pinha, conhecida por sua forma oval ou em formato de coração e por sua casca verde, grossa e coberta de pequenas escamas, apresenta uma polpa branca e doce dividida em gomos, cada um contendo uma semente grande e marrom. Trata-se de um fruto composto, ou seja, são muitos frutos numa mesma estrutura que consideramos uma fruta. Apresentando um sabor doce e um aroma característico, a pinha é apreciada e consumida tanto in natura quanto na preparação de sucos, sorvetes, doces e sobremesas. É um fruto delicado e se desfaz facilmente quando maduro. Em Brasília, é possível induzir a floração na estação chuvosa para frutificação durante o período seco, o que possibilita a produção fora do período normal, que geralmente vai de janeiro a maio.
A pinha é valorizada por suas propriedades medicinais em algumas culturas tradicionais, sendo atribuídas a ela propriedades antiparasitárias, antidiabéticas e antioxidantes. Na medicina tradicional de algumas culturas, partes da planta, como folhas e cascas, são utilizadas em infusões ou extratos para tratar uma variedade de condições de saúde, incluindo problemas digestivos e respiratórios.
Além das vitaminas A, B, C e D, possui altas concentrações de potássio, cálcio, ferro e fósforo. Por outro lado, é rica em açúcares e carboidratos, e se constitui em poderoso estimulador de apetite.
Embora seja uma árvore de fácil cultivo em climas tropicais, a Pinha pode ser suscetível a pragas e doenças, o que pode afetar sua produção em algumas áreas.