Ana Amélia faz balanço de sua atuação no Senado: 'Entrei ficha-limpa, saio ficha-limpa'

Da Redação e Da Rádio Senado | 23/10/2018, 16h42

A senadora Ana Amélia (PP-RS) apresentou nesta terça-feira (23), em Plenário, um balanço de sua atuação nos oito anos de mandato. Candidata a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin, derrotada no primeiro turno, Ana Amélia não concorreu à reeleição.

— Entrei ficha-limpa e saio ficha-limpa, com a dignidade de ter feito e cumprido o meu dever em todos os momentos (...) Deixo aqui cinco leis de minha autoria, cinco leis em vigor. Uma delas obriga planos de saúde a pagar remédio quimioterápico oral para os clientes de planos de saúde para quem tem câncer. Outras tão importantes como essa na área econômica, como a Lei dos Integrados, criando um marco regulatório para integrados e integradores [na cadeia produtiva]. E uma Emenda Constitucional, para aumentar o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) — afirmou Ana Amélia, referindo-se à EC 55.

Ela também defendeu a reforma trabalhista implementada pelo governo Temer. Ela acusou os líderes da oposição de espalhar fake news contra as mudanças na legislação.

— ‘Brasil cria 137 mil vagas de emprego em setembro, melhor resultado em cinco anos para o mês’. Terá sido isso causa da reforma trabalhista, que tanto problema trouxe? O melhor desempenho e aumento de carteiras assinadas no mês de setembro em cinco anos. Portanto, pega o governo passado. O que tem a dizer sobre isso às pessoas? — declarou.

Intervenção no Rio

A senadora também afirmou que considera positivo o resultado da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Ela disse ter conversado pela manhã com o general Walter Braga Netto, responsável pela intervenção, durante cerimônia na Base Aérea de Brasília, em comemoração ao Dia do Aviador.

De acordo com o interventor, disse Ana Amélia, o sucesso da ação federal pode ser comprovado com a redução média de 70% no número de roubos e furtos a carteiros. A situação era tão grave, disse a senadora, que os Correios chegavam a cobrar uma taxa de R$ 3 reais para entregar as encomendas em locais considerados perigosos.

— A taxa da insegurança no Rio de Janeiro, por conta da intervenção federal, agora está sendo extinta. Então, quem tanto fala e confunde propositalmente intervenção federal com intervenção militar, com uma nítida conotação político-ideológica, precisa entender o que aconteceu lá — afirmou a senadora.

Campanha

A senadora também criticou o candidato à Presidência do PT, Fernando Haddad, por reproduzir, em entrevista coletiva, a acusação infundada de que o candidato a vice de Jair Bolsonaro, general Hamilton Mourão, do PSL, teria torturado o músico Geraldo Azevedo durante a ditadura.

A acusação foi refutada por Mourão, que era menor de idade à época, e posteriormente desmentida pelo músico, que reconheceu ter se enganado. Haddad também já se retratou, mas a senadora criticou sua atitude.

— Fake news não é bom para nenhum lado. Portanto, quem acusa [o adversário de] fake news, quem se diz prejudicado por ela não pode usá-la como arma para atacar o inimigo — afirmou Ana Amélia.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)