Ao contrário da hipertensão em não gestantes, a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia não melhoram com diuréticos. Para controlar a pressão, a grávida deve comer pouco sal, beber mais água e repousar, deitando-se sobre o lado esquerdo, para que não seja pressionada a grande veia do abdome (veia cava inferior), que devolve o sangue ao coração.

Se a pressão mínima for igual ou maior que 11, a grávida precisa ser internada e tomar medicação para baixar a pressão. É preciso então verificar os níveis de proteína na urina e das enzimas do fígado, o tempo de coagulação do sangue, o número de plaquetas, e se há destruição das hemáceas. Se alguma dessas taxas não estiver boa, pode ser necessário interromper a gravidez, já que, enquanto a placenta permanecer no organismo, o estado da mãe deve piorar. Como o risco de morte aumenta bastante se a pré-eclâmpsia evolui para a eclâmpsia, para a mãe sobreviver a única alternativa é interromper a gravidez. Nos casos de fetos de 20 ou 25 semanas, tem-se que escolher entre a mãe e a criança. A máxima da obstetrícia é que, na dúvida, deve-se optar pela mãe. É uma decisão muito difícil de tomar e os médicos devem manter a família informada e dividir com ela o problema, já que a grávida, em geral, fica inconsciente.

Depois do nascimento, controla-se exaustivamente a mulher para prevenir a eclâmpsia, já que cerca de 25% dos casos acontecem nos primeiros quatro dias. A hospitalização pode durar algumas semanas, conforme a gravidade da doença e suas complicações. Mesmo depois da alta, é possível que a mulher precise tomar remédios para reduzir a pressão. Ela deve ainda consultar o médico a cada duas semanas durante os primeiros meses após o parto.


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