Falta de tratamento agrava doenças hipertensivas

Da Redação | 18/09/2006, 00h00

A pré-eclâmpsia ou doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG) é caracterizada pela pressão alta (hipertensão), pela retenção de líquidos (inchaço ou edema) e pela eliminação de proteínas pela urina (proteinúria), que ocorre entre a 20ª semana de gravidez e o final da primeira semana depois do parto. 

A pré-eclâmpsia é encontrada em 5% das mulheres grávidas e é mais freqüente nas primeiras gravidezes, nas mulheres que já têm pressão alta ou algum problema nos vasos sanguíneos e nas mulheres com mais de 35 anos. Em geral a grávida ganha peso, suas pernas incham e só depois a pressão sobe.

A pré-eclâmpsia provavelmente ocorre por causa da placenta, que faz a ligação sangüínea entre a mãe e o feto, levando oxigênio e alimento para o bebê. Acredita-se que algumas substâncias produzidas na placenta – por causa de uma deficiência de circulação do sangue na própria placenta – caem na circulação da mãe, lesando os vasos sangüíneos e fazendo surgir a hipertensão. 

O risco mais sério da pré-eclâmpsia é o descolamento prematuro da placenta da parede do útero. 

Em geral os recém-nascidos de mulheres com pré-eclâmpsia têm quatro a cinco vezes mais probabilidade de ter problemas pouco depois do parto. Eles em geral são pequenos porque a placenta funciona mal ou porque são prematuros. 

A eclâmpsia é uma forma mais grave da pré-eclâmpsia e é caracterizada por convulsões ou coma causados por uma diminuição do fluxo de sangue, que vai para o cérebro em razão de um grande aumento da pressão. 

Quando a pré-eclâmpsia está evoluindo para a eclâmpsia, a grávida sente dor de cabeça, tem vista embaralhada e dor no estômago. A eclâmpsia surge em uma de cada 200 mulheres que têm pré-eclâmpsia e é mortal, a menos que seja tratada com rapidez.

Outra complicação grave da pré-eclâmpsia ou da eclâmpsia é a síndrome de Hellp, em que há destruição dos glóbulos vermelhos do sangue (hemólise), lesão no fígado (aumento das enzimas hepáticas), e baixa contagem de plaquetas, dificultando a coagulação do sangue, um problema potencialmente grave durante e depois do parto. 

A síndrome de Hellp ocorre quando não é feito o tratamento da pré-eclâmpsia e é combatida fazendo-se uma cesariana ou, se o colo do útero estiver dilatado o suficiente, um parto normal.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)