Thâmara Brasil

Que o Brasil tem algumas vocações naturais, não há dúvidas. Mas o que dizer de crescer muito num setor estagnado há 15 anos? Há quase duas décadas, o mundo pesca as mesmas 90 milhões de toneladas, enquanto o consumo só cresce. Fatores ambientais são a principal causa do problema: a pesca predatória — em especial a feita ilegalmente pela China, acusada por especialistas de saquear os mares do mundo — e a poluição continuam limitando a atividade.

 

E se forem consideradas as condições do território brasileiro — 8,5 mil quilômetros de costa marítima, 13% da água doce do mundo e 10 milhões de hectares de lâminas d’água no interior, incluindo os reservatórios das hidrelétricas e águas em propriedades privadas — é só fazer as contas para perceber que pesca e aquicultura podem ser a solução para a vida de muitos brasileiros. Contas que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) já fez, prevendo que o país pode produzir 20 milhões de toneladas de pescado por ano, ou mais de 20% da produção mundial.

 

Aquicultura

 

Esse é um número que o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) prevê que o país possa alcançar depois de 2030, se mantida a taxa anual de crescimento de 20% da aquicultura nacional.

 

Além de recuperar os estoques de espécies importantes, como sardinha e lagosta, o país alcançou uma produção histórica de 2,4 milhões de toneladas em 2013, o que estava estabelecido como meta do Plano Safra da Pesca e Aquicultura apenas para o final de 2014.

 

Infraestrutura, crédito, menos burocracia e treinamento, previstos pelo plano do governo, são as estratégias para fazer o país deslanchar na área, abrindo oportunidades de trabalho e de investimento.


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