Prefeituras dão alfabetização e treinamento

Da Redação | 15/04/2014, 00h00

Thâmara Brasil

O Brasil tem mais de 1 milhão de pescadores profissionais artesanais, mais de 9 mil pescadores profissionais industriais e quase 2 mil aquicultores, segundo o Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP). De acordo com dados do Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal, 26,94% dos pescadores que receberam o seguro-defeso em 2010 são analfabetos, 65,17% não concluíram o ensino fundamental e apenas 2,98% concluíram o ensino médio. A estimativa é de que 72% dos pescadores sejam analfabetos funcionais, de acordo com o MPA.

 

Para reverter o quadro, em 2003 foi criado o Programa Pescando Letras, levando em conta que a necessidade do trabalho acabou por excluir os pescadores dos sistemas de ensino. De 2003 a 2012, o programa atendeu quase 180 mil pescadores artesanais e trabalhadores da pesca, em parceria com o Ministério da Educação, por meio do Programa Brasil Alfabetizado.

 

— O programa de alfabetização e qualificação Pescando Letras conseguiu alfabetizar, em 2013, 17.353 pescadores, e 11.217 foram matriculados no Pronatec [Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego] — informou Crivella em discurso no Plenário.

 

O Pescando Letras é desenvolvido pelo MPA em parceria com os municípios e as aulas geralmente coincidem com o período do defeso, abrangendo ainda conhecimentos técnico-profissionais, como carpintaria de pesca, motores, beneficiamento do pescado, artesanato com subprodutos.

 

Para saber mais, o interessado deve consultar a prefeitura ou a secretaria de Educação do município para se informar sobre cursos para pescadores como parte do Programa Brasil Alfabetizado. Se não houver previsão, pode-se solicitar à superintendência federal de Pesca e Aquicultura do estado (veja os endereços em http://bit.ly/SICpesca).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)