Mapa Nacional da Violência de Gênero será apresentado na ONU

Da Comunicação Interna | 07/03/2024, 11h57

O Mapa Nacional da Violência de Gênero chamou a atenção da ONU como exemplo de parceria público-privada e de boas práticas. A iniciativa é uma parceria doo Observatório da Mulher contra a Violência (OMV) do Senado Federal, do Instituto Avon e da organização Gênero e Números, de jornalismo de dados. A plataforma reúne dados públicos oficiais sobre violência contra as mulheres.

Neste março, Mês da Mulher, o Senado vai apresentar o projeto na Comission on the Status of Women (CSW), que ocorre entre os dias 11 a 22, com a participação de diversos países.

— Esse é o maior evento mundial que trata de direitos das mulheres. A combinação dos dados administrativos com os dados da pesquisa sobre mulheres é o grande diferencial do Mapa. Isso o torna abrangente o suficiente para ser uma importante ferramenta norteadora de políticas públicas — explica Maria Teresa Prado, a Maitê, coordenadora do OMV, que irá representar o Senado na ONU.

O Mapa Nacional da Violência de Gênero é uma plataforma pública e unificada de dados e indicadores sobre violência contra as mulheres no Brasil. Os números estão disponibilizados em gráficos amigáveis e acessíveis com séries históricas, recortes regionais e étnico-raciais. No site, o usuário consegue filtrar as informações e fazer análises comparativas. A ferramenta já tinha boa aceitação no meio acadêmico e agora vem ganhando maior alcance.

Diferenciais

A plataforma reúne em um só local dados das bases de Saúde (DataSUS), de Justiça (CNJ-DataJudi), de Segurança Pública (Sinesp) e da maior pesquisa de opinião sobre o tema (DataSenado). Enquanto os dados governamentais são de atendimentos realizados a mulheres que pediram ajuda, os do Senado vêm de da pesquisa sobre a percepção de violência.

A Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher realizada em setembro de 2023 pelo DataSenado, por exemplo, teve como população-alvo mulheres com 16 anos ou mais residentes no Brasil. As participantes foram selecionadas por meio de amostragem aleatória estratificada, composta por 21.787 entrevistadas. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)