Magno Malta manifesta apoio ao 'marco temporal' para terras indígenas

Da Agência Senado | 07/06/2023, 13h49

O senador Magno Malta (PL-ES) defendeu na terça-feira (6) em Plenário o estabelecimento de um "marco temporal" para as terras indígenas, conforme aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados. Para o senador, o Brasil pode se tornar uma "área demarcada onde apenas ONGs estrangeiras serão beneficiadas".

— Nós teremos um Brasil mais ou menos do tamanho de Sergipe, porque o país todo vai virar área demarcada, ninguém terá direito a nada, a não ser as ONGs estrangeiras que virão para poder levar as riquezas dessas áreas demarcadas. Qual é a lógica disso? Nenhuma lógica. Este país já está no limiar da desgraça. O [não acolhimento ao] 'marco temporal' o levará à desgraça total — afirmou o senador.

Drogas

Magno Malta também criticou o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do Recurso Extraordinário (RE) 635659, com repercussão geral, que trata do crime de porte de drogas para consumo pessoal. Segundo o senador, a discussão sobre a descriminalização do porte de drogas ilícitas para uso próprio não pertence ao Supremo, mas ao Senado, que até hoje deliberou contrariamente.

Quando nasceram os dentes das minhas filhas, eu já tinha drogado em casa, tirando gente da rua. E eu sei o que significa a maconha na vida de uma pessoa. As pessoas que clamam pelo canabidiol... [O governo] não pode comprar o canabidiol para dar às pessoas que precisam? Pode e entregar na mão. Nós não precisamos plantar maconha aqui, não — disse.

CPMI 

O senador, que é segundo vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, também comentou a reunião em que foi aprovado o plano de trabalho apresentado pela relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Magno Malta defendeu a senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

— Sabe uma coisa que me chamou a atenção hoje? Todo mundo que dizia: 'Ah, porque teve uma bomba perto do aeroporto, e esse sujeito esteve no governo de Jair Bolsonaro, no ministério da ex-ministra e hoje senadora Damares'. Cinco falaram isso hoje. E o que Damares tem com isso? Damares é adivinha? Quando a ministra Gleisi [Hoffmann] era senadora comigo aqui e se tornou ministra da Casa Civil [...], o chefe de gabinete dela foi preso por pedofilia. Ela tem culpa de o cara ser pedófilo? Não. Como ela vai adivinhar? Mas o cara foi preso. E qual é a culpa que Damares tem de esse cara ser um mau-caráter? Não tem como adivinhar. Mas colocar a culpa nas costas dos outros, eles fazem com muita facilidade — disse, defendendo também as pessoas que foram presas, a seu ver injustamente, por participar dos atos de 8 de janeiro.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)