Senadores lamentam marca de 2 milhões de brasileiros infectados pelo coronavírus

Da Redação | 17/07/2020, 17h15

Nesta semana o Brasil atingiu a marca de 2 milhões de habitantes oficialmente infectados pelo novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 1,2 milhão conseguiram superar a doença, mas o número de registros oficiais de óbitos já passou de 76 mil. Senadores foram às redes sociais para repercutir o atual cenário brasileiro.

Para o líder do PT no Senado, senador Rogério Carvalho (SE), o quadro nacional configura “um desastre sanitário”. Ele afirma que “falta liderança no Brasil para salvar vidas”. Em sua opinião, o presidente da República, Jair Bolsonaro, tem sido irresponsável e incapaz no enfrentamento da pandemia.

“A irresponsabilidade de Bolsonaro matou milhares. O mais triste é saber que não se trata de uma fatalidade, essas mortes poderiam ter sido evitadas. Enquanto a maioria dos países do mundo conseguiu achatar a curva de contágios e mortes, o Brasil nada fez”, escreveu Rogério Carvalho.

O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que o grande número de infectados e mortos mostra que “há irresponsabilidade” no combate ao coronavírus. Ele afirma que “em meio à pandemia, o Ministério da Saúde se tornou uma instituição desacreditada”.

O líder do MDB no Senado, senador Eduardo Braga (AM), pediu para a população continuar tendo cuidados com a doença.

"Batemos na casa dos 2 milhões de casos de covid-19. Tristeza e indignação diante de aglomerações provocadas por quem ainda insiste em não acreditar na força dessa pandemia. Cuide-se!", publicou Eduardo Braga.

Preço alto

O senador Weverton (MA), líder do PDT no Senado, lamentou que o Brasil já tenha ultrapassado os 2 milhões de infectados e que o número de mortes diárias esteja tão alto.

“Mas continuamos com um ministro interino na Saúde e sem um plano nacional de enfrentamento da doença. Estamos pagando um preço alto pelo descaso com que o presidente trata a pandemia. Inaceitável!”, afirmou Weverton.

A senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) também criticou o governo por manter o Ministério da Saúde sob comando de um ministro interino.

“É insustentável, é inaceitável o fato de não termos Ministro da Saúde neste momento de crise sanitária. Faz falta, sim, um Ministro da Saúde. É muito sofrimento para que a gente possa aceitar que, por uma questão estratégica, se mantenha alguém, não do campo científico, não da área médica. Nos deem um ministro da Saúde. Assim não podemos continuar. E não sofre o presidente. Sofre a nação brasileira, sofre o povo brasileiro que precisa saber qual o caminho menos sofrido para enfrentar a pandemia do coronavírus”, afirmou Rose.

Testagem

Na opinião do líder da Rede, senador Randolfe Rodrigues (AP), o presidente Bolsonaro está sendo omisso em relação à crise sanitária. Ele afirma que o governo está promovendo “o esvaziamento do Ministério da Saúde” e critica a Agência Nacional de Saúde (ANS) por desobrigar os planos de saúde de cobrirem testes para a detecção da covid-19.

“Não podemos deixar que esse retrocesso vingue. A testagem da população é um requisito básico para controlarmos a disseminação da grave doença”, escreveu Randolfe.

Ele pediu que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, paute para votação no Plenário o projeto de sua autoria que obriga os planos de saúde a cobrirem testes de covid-19 (PL 3.804/2020).

O senador Fernando Collor (Pros-AL) lamentou as milhares de vidas perdidas no país.

“Perdemos 75 mil vidas para a covid-19. Todos estamos cansados do distanciamento social. Mas isso não é motivo suficiente para irmos às ruas em massa. O momento requer paciência. Precisamos união de propósitos agora, para estarmos juntos e fortes quando a pandemia passar”, afirmou Collor.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)