Telmário cobra ajuda do governo federal a Roraima, que sofre com o blecaute na Venezuela

Da Redação | 11/03/2019, 19h28

O senador Telmário Mota (Pros-RR) destacou em Plenário nesta segunda-feira (11) que a fronteira entre o Brasil e a Venezuela está fechada há 17 dias, por ordem do governo de Nicolás Maduro. Isso se deve, disse o senador, pela tentativa de Maduro de impedir uma pseudoajuda humanitária dos Estados Unidos, via Brasil. Para Telmário, o Brasil foi usado como um "fantoche" dos norte-americanos numa ação que poderia ter levado a um recrudescimento na crise política daquele país, dando início a enfrentamentos entre as forças do governo e da oposição.

O parlamentar observou que a participação do Brasil na ação acabou por prejudicar diretamente o estado de Roraima:

— Estamos há sete dias, hoje, com a energia cortada, suspensa, até porque houve um blecaute quase que geral, dentro da Venezuela. E o presidente Nicolás Maduro alega que foi um boicote lá, e nós estamos sofrendo com as termoelétricas. E há 17 dias com a fronteira fechada — afirmou o senador, que também criticou o governador de Roraima, Antonio Denarium, que visitou a Venezuela e não teria tratado de questões que afligem o estado.

O senador também fez um apelo ao governo federal, em especial ao presidente da República, Jair Bolsonaro, para que "não vire as costas" a Roraima.

—  Sempre quando se dirigia ao estado de Roraima, o presidente demonstrava carinho, demonstrava que iria ajudar aquele estado, onde teve a segunda maior votação deste país, no entanto o governo ainda não disse a que veio para o nosso estado. O estado grita por socorro. O governo não pode virar as costas para Roraima — afirmou.

Moro

O senador afirmou que Pacaraima, município da fronteira, não recebeu os recursos federais prometidos e está em colapso, pedindo socorro.

Telmário disse ainda que houve um aumento de 54% na violência do estado, que hoje apresenta um dos maiores índices de criminalidade do país. O senador  destacou a dificuldade que os representantes de Roraima encontram ao tentar falar com o ministro da Justiça, Sérgio Moro.

—  E o Moro onde anda? Cadê? Por onde eu falo com ele? Ali? Ministro! Ministro, acorda! Você encantou o Brasil, encantou o mundo, demonstrou ser um cara corajoso, ousado, defensor da coisa pública, da coisa séria. Onde é que você está que Roraima o procura e não o encontra? Fica o meu apelo ao presidente da República, ao ministro Sérgio Moro, ao ministro da Saúde: Roraima é Brasil e precisa de um olhar federativo! — disse o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)