Regina Sousa aponta aumento da violência contra meninas no Ceará

Da Redação | 05/12/2018, 17h44

A senadora Regina Sousa (PT-PI) relatou nesta quarta-feira (5) em Plenário ter participado de audiência pública na Assembleia Legislativa do Ceará para discutir o assassinato de meninas com idade entre 10 e 19 anos naquele estado. De acordo com as informações obtidas na audiência, disse a senadora, em 2016, foram 27 assassinatos. Em 2017, esse número saltou para 105 casos.

— Não é [considerado] feminicídio, mas é uma nova forma. Supõe-se que é o tráfico, supõe-se que são facções — disse a senadora.

Mais Médicos

Regina Sousa também registrou que, diferentemente do que tem sido veiculado, nem todas as vagas abertas com a saída dos cubanos do programa Mais Médicos foram ocupadas. Segundo ela, em aldeias indígenas não chegou nenhum médico para substituir os profissionais cubanos. No Piauí, das 199 vagas existentes, apenas 12 foram reocupadas, disse a senadora.

Funai

Ela também criticou a ideia do futuro governo de subordinar a Funai ao Ministério da Agricultura. A senadora observou que a questão indígena não tem qualquer relação com o agronegócio. Além disso, há uma disputa permanente pela terra entre indígenas e produtores, acrescentou Regina Sousa.

Trabalhadores

Ela também lamentou a afirmação do presidente eleito, Jair Bolsonaro, segundo a qual "é difícil ser patrão no Brasil". Ela desafiou os empresários a viverem como vivem os trabalhadores no país.

A senadora informou ainda que a proposta orçamentária de 2019 (PLN 27/2018) garante somente até julho os recursos para o pagamento de benefícios previdenciários, do programa Bolsa-Família e do Benefício da Prestação Continuada.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)