Crise dos combustíveis é fruto da atual gestão da Petrobras, afirma Hélio José

Da Redação | 25/05/2018, 16h12

O movimento grevista dos caminhoneiros é uma conseqüência direta das opções políticas adotadas pelo governo em relação à Petrobras a partir da ascensão de Michel Temer à presidência da República, disse senador Hélio José (Pros-DF) em pronunciamento em Plenário nesta sexta-feira (25).

Para o senador, a atual gestão da estatal só leva em conta os interesses de "meia dúzia de acionistas miliardários" da Petrobras, e ainda prioriza atender o mercado internacional em detrimento do que seria melhor ao consumidor brasileiro. Ele disse ainda que esta mesma filosofia regeu o acordo fechado ontem pelo governo com entidades representativas dos caminhoneiros, porque "joga nas costas de quem paga impostos e dos mais pobres em geral" a conta da política de preços adotada pela Petrobras.

— Pedro Parente tem que ser demitido da direção da empresa. O que não faltam são funcionários de carreira ou mesmo gestores vinculados ao poder público em plenas condições de ocupar este posto, colocando os interesses do país e da população em primeiro lugar. A atual gestão trouxe uma enorme instabilidade econômica, porque já reajustou os preços 229 vezes. Além disso, diminuíram a capacidade produtiva de refino, dobrando a importação — criticou.

Hélio José pede ainda o abandono da atual política de reajuste nos preços dos combustíveis, e o retorno do modelo adotado durante o governo Lula, que a seu ver era mais previsível tanto aos consumidores quanto para o setor produtivo. Para a superação da crise, em vez de retirar verbas do Orçamento, o senador defende rever renúncias fiscais concedidas às empresas petrolíferas, sobre lucros e dividendos, aumentar a taxação sobre os bancos e estabelecer um imposto sobre as grandes fortunas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)