Regina Sousa lamenta assassinato de Marielle e denuncia ataques contra defensores dos direitos humanos

Da Redação e Da Rádio Senado | 19/03/2018, 18h51

A senadora Regina Sousa (PT-PI) associou o assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, ao sentimento de “ameaça” que, segundo ela, toma conta das elites brasileiras quando surge uma liderança popular. Ela mencionou as 57 mortes violentas de defensores de direitos humanos em 2017 e alertou que os movimentos populares ganharão força diante das adversidades.

— Tem umas pessoas que pensam que são herdeiras das capitanias hereditárias e acham que pobre não pode estar no meio deles. Aos pobres para essa gente cabe o lugar reservado por eles: a cozinha dos ricos, a roça, o trabalho nas fazendas deles. Enfim, ao pobre cabe servir a elite.

Segundo Regina Sousa, todos os homicídios são lamentáveis, mas o caso de Marielle se tornou emblemático porque a vereadora simbolizava os elementos que, de acordo com a senadora, a elite não tolera.

A senadora criticou a desembargadora Marília Castro Neves, que difamou Marielle em mensagens na internet. Regina Sousa cobrou manifestação do Conselho Nacional de Justiça sobre a atitude da magistrada, que considera uma tentativa de “matar a reputação” de Marielle.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)