MAUS-TRATOS Canos de plástico são utilizados para camuflar o transporte ilegal de animais, causando ferimentos e até a morte

Segundo a Renctas, o destino de animais capturados são as coleções particulares, as pesquisas científicas, as indústrias química e farmacêutica, o artesanato e lojas de animais. Do total, 60% são comercializados no mercado interno e 40% vão para o exterior.

 

O animais saem, principalmente, das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e são vendidos no Sul e Sudeste em feiras livres ou exportados. Muitos são retirados do país pela fronteira amazônica.

Para burlar a fiscalização, os animais são transportados da pior maneira e acabam sofrendo maus-tratos, privados de água e comida. De cada dez capturados, apenas um chega vivo ao destino final, segundo a Renctas. Para o transporte, são utilizados desde malas até tubos de plástico. Calmantes e soníferos também são aplicados para acalmar os bichos.

As perdas para o país são incalculáveis. Além do desequilíbrio ambiental e da ameaça de extinção de espécies, o Brasil perde com a biopirataria.

Os animais recapturados nem sempre são devolvidos para a natureza devido às seqüelas ou pelo estágio adiantado de domesticação. Os sadios são soltos em reservas ambientais. Os outros são enviados para criadouros cadastrados no Ibama ou zoológicos. O Ibama não tem como cuidar de todos os animais apreendidos.


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