Quem contrata clandestino aumenta os próprios riscos

Da Redação | 07/04/2008, 00h00

A promotora de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal, Ruth Kicis Torrents Pereira, alerta: vigilância clandestina pode significar, em vez de mais segurança, um aumento significativo dos riscos para quem contrata e para os vizinhos. "Trata-se de colocar para vigiar nosso patrimônio e nossa família uma pessoa que porta arma ilegalmente, da qual não sabemos os antecedentes ou se tem a formação adequada e que já está cometendo um ato ilegal ao prestar o serviço. Que confiança podemos ter nessa pessoa?"


Estudo da socióloga e advogada Carolina de Mattos Ricardo cita alguns números: há 1,3 milhão de vigilantes cadastrados, mas somente 333 mil atuam legalmente. Ela estima que grande parte dos que não estão nas empresas trabalham como clandestinos. Também o porte de armas preocupa: para os 333 mil vigilantes existem apenas 16 mil armas cadastradas. Os dados contabilizaram ainda, entre janeiro de 2001 e setembro de 2003, 7.377 ocorrências criminais envolvendo seguranças privados na cidade de São Paulo: 26% foram de ameaça, 20% de lesão corporal dolosa, e 10% de porte ilegal de arma.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)