Visita regular ao urologista é a melhor medida

Da Redação | 12/11/2013, 00h00

André Falcão

Apesar da grande importância como problema de saúde pública e do alto índice de cura em casos detectados precocemente, o câncer de próstata não tem um protocolo simplificado para o diagnóstico.

Por isso mesmo, é indispensável a consulta a um médico especializado, que poderá avaliar o resultado dos exames disponíveis e recomendar outros complementares.

Como explicam os especialistas do Instituto Lado a Lado pela Vida, o diagnóstico do câncer de próstata pode ser feito a partir de dois exames básicos: o toque retal, para avaliar o volume da glândula e a presença de nódulos suspeitos, e o PSA (Prostatic Specific Antigen), por meio da coleta de sangue.

No entanto, ter um desses exames alterados não significa que se tem câncer. Do mesmo modo, ter esses exames normais não significa que não se tem câncer. Cerca de 20% dos homens com câncer de próstata sintomático apresentam um PSA normal. A maioria dos cânceres de próstata não causa sintomas até que atinjam um tamanho considerável. Dependendo da região da próstata, o câncer também pode não ser palpável pelo toque retal. Os dois exames são feitos de modo complementar.

O toque retal identifica outros problemas além do câncer de próstata e é mais sensível em homens com algum tipo de sintoma. O nível do PSA tende a aumentar com o avanço da idade. Cerca de 75% dos homens com aumento de PSA não têm câncer de próstata.Para confirmar o diagnóstico de câncer, é indispensável uma avaliação médica detalhada e criteriosa.

Este ano, a Sociedade Brasileira de Urologia passou a recomendar o exame de toque retal a partir dos 50 anos para homens sem casos na família e aos 45 anos para homens com casos na família, negros ou obesos.

O mais importante é lembrar que a ida anual ao urologista é essencial. E para vencer o preconceito contra o exame de toque retal, basta considerar as vantagens da detecção precoce para a cura.

— Queremos que os homens ponham uma luzinha azul na cabeça, como um lembrete — diz Aguinaldo Nardi, da SBU.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)