Tratamento pode ou não exigir quimioterapia

Da Redação | 26/05/2008, 00h00

A leucemia crônica do tipo linfóide, a mais comum, pode ser tratada com medicamentos relativamente simples, por via oral, assim como a do tipo mielóide crônica. Em pacientes com mais de 60 anos muitas vezes não é necessário qualquer medicamento.

Na leucemia aguda, é necessário internar o doente, pois ele corre o risco de sofrer hemorragia no cérebro, nos olhos e no aparelho digestivo, e pode precisar de transfusões.

O tratamento começa com quimioterapia, em que são administradas doses maciças de medicamentos. Essa primeira fase, chamada de remissão, dura de um a dois meses e tem por objetivo eliminar os leucócitos doentes. Em geral, eles somem do sangue em uma ou duas semanas e a produção das células sangüíneas é normalizada. O hemograma então volta ao normal e um novo mielograma costuma revelar que não existe mais doença na medula óssea.

Essa primeira quimioterapia não basta para eliminar de vez a leucemia. Podem ter sobrado pequenas quantidades de células doentes que, invariavelmente, farão com que a doença volte. Vêm então as seguintes etapas:

- consolidação (tratamento intensivo com substâncias não empregadas anteriormente); 

- reindução (repetição dos medicamentos usados na fase de indução da remissão); e 

- manutenção (o tratamento é mais brando e contínuo por vários meses).

Pode ser necessário também transplante de medula óssea.

Recentemente surgiu um medicamento para tratar a leucemia mielóide crônica, que era incurável e para a qual, em pacientes jovens, o único tratamento era o transplante. Seus efeitos tóxicos são bem menores que os da quimioterapia e ele tem sido considerado uma revolução no tratamento desse tipo de leucemia.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)