Servidora pública venceu a doença, mas sequelas são incapacitantes

Da Redação | 23/11/2009, 00h00

A servidora pública Kátia Oliveira Costallat, de 49 anos, teve câncer de reto detectado em julho de 2008. Durante o tratamento, que durou um ano e envolveu sessões de quimioterapia e radioterapia, além de duas cirurgias, ela relata que exerceu direitos para pacientes com câncer, como o passe livre no transporte coletivo, previsto na legislação local. Kátia, que mora em Brasília, agora está sendo orientada pela assistente social do Cacon Rafaela Marques a dar entrada na aposentadoria por invalidez.


A paciente ¿ cujos exames apontaram neste mês que o tratamento foi bem-sucedido e extinguiu o tumor ¿ afirma que as seis sessões de quimioterapia que a deixavam sete dias internada a cada vez e outros procedimentos também tiveram como consequência uma série de problemas que a impedem de trabalhar. Dores nas articulações e ossos, má circulação e dificuldades para utilizar ambientes públicos devido à colostomia (cirurgia em que uma porção do intestino é exteriorizada através do abdômen para que as fezes sejam expelidas de forma involuntária e armazenadas em uma bolsa coletora) são algumas das situações enfrentadas por Kátia.

¿ Não há como ter algumas adaptações no meu ambiente de trabalho que seriam essenciais para a minha volta. O risco de uma infecção no uso do banheiro público é grande, assim como o incômodo que eu sinto ¿ explica.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)