A homeopatia é um método de tratamento criado pelo médico alemão Samuel Hahnemann, em 1796, cujo princípio se fundamenta na chamada Lei dos Semelhantes, citada por Hipócrates no ano 450 a.C. Segundo essa lei, os semelhantes se curam pelos semelhantes (similia similibus curantur), ou seja, para tratar um indivíduo que está doente é necessário aplicar um medicamento que cause, quando experimentado em indivíduo sadio, os mesmos sintomas que o doente apresenta. 

De acordo com a Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), os medicamentos homeopáticos são preparados a partir de substâncias extraídas da natureza, provenientes dos reinos mineral, vegetal ou animal. As preparações básicas dessas substâncias recebem o nome de tinturas-mãe e a partir delas são iniciados os processos das diluições sucessivas. No início de suas experiências, Hahnemann começou diluindo os medicamentos e verificou que, quanto mais diluía, minimizavam-se as reações indesejáveis.

O médico alemão percebeu ainda que, ao fazer diluições sucessivas das substâncias e agitá-las diversas vezes, obtinha sempre melhores resultados. Dessa maneira, ele chegou às doses mínimas, nas quais, segundo a AMHB, a toxicidade das substâncias se atenua e o potencial curativo aumenta. O processo de diluição seguido de agitação é chamado de dinamização. Segundo os homeopatas, através desse processo pode-se despertar na substância a capacidade de agir sobre a força vital do organismo vivo.
Para que a diluição cada vez maior da substância não resulte no seu desaparecimento da solução, o médico homeopata Heidwaldo Antonio Seleghini, ex-presidente da AMHB, explica que há a necessidade de sucussões, ou seja, agitações do frasco 100 vezes a cada vez diluição. Ele afirma que “o efeito medicamentoso em homeopatia não é bioquímico, mas energético”.

Segundo o homeopata, ao ser diluída e agitada, a substância libera na água uma informação que, ao ser pingada sob a língua do paciente, é transferida para ele. A informação ali contida, diz Seleghini, estimula os mecanismos naturais de cura do indivíduo. Ele diz que estudos vêm sendo realizados com soluções não moleculares a fim de provar o efeito biológico dos medicamentos homeopáticos e de outros produtos que atuam da mesma forma: in vivo e não in vitro.


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