Ranking de instituto inglês coloca Brasil em penúltimo lugar na valorização do mestre

Da Redação | 15/10/2013, 00h00

Pedro Pincer

Pesquisa divulgada no dia 3 mostra que, entre 21 países, o Brasil fica em penúltimo lugar em relação ao respeito e à valorização dos professores. Para montar o Índice Global de Status de Professores, da Varkey Gems Foundation, da Inglaterra, os estudiosos entrevistaram mil pessoas em cada um dos países. De acordo com o estudo, os professores têm o melhor status na China e o pior em Israel.

Os pesquisadores analisaram se a profissão é muito procurada, qual é o status social dos professores e se os entrevistados acreditam que os alunos respeitam os docentes.

Os países pesquisados foram: Brasil, China, República Tcheca, Egito, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Israel, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Portugal, Turquia, Cingapura, Coreia do Sul, Espanha, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.

Os entrevistados responderam sobre como o ensino se compara a outras profissões, se consideravam a remuneração dos professores justa, se encorajariam os filhos a se tornarem professores e o quanto achavam que os alunos respeitam os professores.

Eles foram ­questionados sobre atitudes em relação a professores de ensino fundamental, professores de ensino médio e diretores, assim como atitudes em relação ao sistema de ensino.

Os estudiosos também questionaram sobre a remuneração e as condições de trabalho dos professores. Em 95% dos países, os pesquisados apoiam um salário maior para os professores em relação ao que ganham atualmente.

A pesquisa mostra que, entre os entrevistados, os brasileiros foram os que mais disseram que os professores tiveram influência na vida deles.

Os brasileiros apoiam salários mais altos para os professores e 88% acham que eles deveriam ser remunerados de acordo com o desempenho dos alunos.

A desvalorização dos profissionais fica clara quando os entrevistados são perguntados se gostariam que os filhos fossem professores: apenas 20% responderam que sim. Por outro lado, 45% disseram que não encorajariam os filhos a se tornarem docentes. Em geral, os países que mais respeitam os professores são aqueles que mais encorajam os  filhos a terem a profissão.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)