DataSenado fará enquetes também por telefone

Da Redação | 01/02/2011, 00h00

Nesta legislatura, os senadores poderão usar mais as enquetes feitas pelo DataSenado para subsidiar a apresentação de projetos de lei e a elaboração dos seus relatórios. Isso significa que o cidadão ganha mais um reforço para participar do processo legislativo. Outra novidade, segundo o coordenador do DataSenado, Valter Rosa, é que as enquetes passarão a ser feitas também pelo telefone. "Ao final de qualquer ligação para o Alô Senado, a pessoa será convidada a participar da enquete", explica Rosa.

Essas sondagens rápidas podem funcionar como um termômetro das tendências favoráveis ou não a determinados projetos ou temas. E podem assegurar expressiva participação da sociedade. Um dos exemplos citados por Rosa foi a enquete realizada em dezembro de 2009, pouco depois que o projeto que regulamenta o ato médico retornou ao Senado (PLS 268/02), após nova versão aprovada na Câmara. Foram 545.625 votos, dos quais 62% a favor do projeto. O segundo nesse ranking foi o que torna crime o preconceito contra homossexuais (PLC 122/06), ainda em tramitação no Senado, que recebeu 465.326 votos, dos quais 52% contra, principalmente pela participação dos evangélicos.

Responsável também pelas pesquisas, o DataSenado inovou ao concentrar a coleta de opiniões no público-alvo. No ano passado, para conseguir avaliar as "Condições de vida das pessoas com deficiência no Brasil", título da pesquisa que entrevistou 1.165 pessoas das 10.273 cadastradas pelo Instituto Brasileiro dos Direitos das Pessoas com Deficiência, o DataSenado aplicou questionário eletrônico para os que têm deficiência física ou visual. E desenvolveu outro específico para os que têm deficiência auditiva, inclusive com vídeo elaborado pela TV Senado no qual a equipe de intérpretes da língua brasileira de sinais (Libras) da Casa apresentava as questões aos entrevistados.

Com esse diferencial, a pesquisa do DataSenado sobre violência doméstica está se tornando referência no mercado, segundo a diretora da Sepop, Ana Lucia Novelli. Em 2011, será a quarta de uma série que começou em 2005. Uma das ideias, informa ela, é avaliar a opinião das mulheres sobre as interpretações que vêm sendo dadas à Lei Maria da Penha em decisões judiciais que atenuam as punições aos agressores. O resultado dessa nova e primeira pesquisa de 2011 deverá ser divulgado em março, na data em que o Senado comemorar o Dia Internacional da Mulher, já que este ano o dia 8 de março será feriado de Carnaval.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)