Problemas também nas barcas Rio–Niterói

Da Redação | 27/03/2012, 00h00

O mais movimentado transporte hidroviário do Brasil fica bem longe da Amazônia em distância e em características. Absolutamente urbanas, as barcas que ligam as cidades de Rio de Janeiro e Niterói atravessam pela Baía de Guanabara mais de 100 mil pessoas nos dias úteis. Devido às diferenças, as barcas nem são fiscalizadas pela Antaq, mas pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp).

As semelhanças dos dois sistemas hidroviários estão na gravidade dos problemas e na insatisfação dos passageiros. Este mês, as barcas Rio-Niterói ocuparam as manchetes devido a protestos populares contra o aumento de 60% no valor das passagens -de R$ 2,80 para R$ 4,50 -, apesar de o serviço ser alvo frequente de reclamações por causa de atrasos, superlotação das estações, ineficiência na circulação de ar, longas filas, choque entre embarcações, batidas nos locais de atracação e barcas à deriva na baía. O trajeto, no entanto, tem apenas 5 quilômetros de extensão.

A concessionária que em 1998 ganhou a licitação para assumir o serviço durante 25 anos renováveis, chamada Barcas S/A, opera outras quatro linhas hidroviárias no estado do Rio: Praça XV-Paquetá, Praça XV-Charitas, Angra dos Reis-Ilha Grande, Mangaratiba-Ilha Grande e Rio de Janeiro-Cocotá.

Em 2009, a CPI das Barcas, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, responsabilizou a empresa pelos problemas e apresentou 50 determinações. Apenas quatro, entretanto, foram ­implementadas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)