A acupuntura pode ser entendida, segundo a Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura, como um conjunto de procedimentos terapêuticos que introduzem estímulos em áreas anatomicamente definidas. São os pontos de acupuntura. Massagens, ventosas e raios laser, além das agulhas, podem ser utilizados para estimular os diversos pontos distribuídos pelo corpo. Com os sinais enviados através dos pontos de acupuntura, ocorre o estímulo do sistema nervoso central, liberando neurotransmissores e hormônios que aliviam a dor, dão impulso ao sistema imunológico e regulam funções corporais.

Considerada um procedimento invasivo, a acupuntura exige conhecimentos de anatomia topográfica, fisiologia e, sobretudo, clínica médica. É essencial observar as regras básicas de esterilização de agulhas para evitar o risco de transmissão de doenças. Agulhas descartáveis aumentam ainda mais a segurança para médicos e pacientes, prevenindo a transmissão de doenças como a hepatite e a Aids. Para evitar também o mascaramento de sinais e sintomas, é preciso haver o correto diagnóstico da doença e o tratamento adequado acupunturista.

A acupuntura tem boa resposta em cerca de 70% a 80% dos casos. Possíveis falhas no tratamento e reações adversas a ele estão relacionadas a despreparo profissional, a problemas constitucionais do paciente, como deficiência genética de receptores de endorfina nas membranas das células nervosas, e ao uso de medicamentos, como corticóides. A técnica é indicada ao tratamento de doenças reumatológicas ou ortopédicas, respiratórias e alérgicas, neurológicas, psiquiátricas ou psicológicas, dermatológicas, otorrinolaringológicas e dos aparelhos gênito-urinário e digestivo. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere aos países que adotem as práticas alternativas em saúde, dentre elas a acupuntura, e considera a técnica eficaz no tratamento de cerca de 40 doenças. Em 2006, o Ministério da Saúde autorizou a adoção de terapias alternativas, como acupuntura, fitoterapia e homeopatia, no Sistema Único de Saúde (SUS).


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