Rogério Marinho critica declarações de Lula sobre 'taxação das blusinhas'

Da Agência Senado | 18/06/2024, 19h32

O senador Rogério Marinho (PL-RN), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (18), criticou o governo federal por, segundo ele, superestimar receitas previdenciárias em R$ 12 bilhões para reverter contingenciamentos e gastos do fundo eleitoral. Para o senador, as medidas adotadas pelo governo “são responsáveis pelo desequilíbrio da economia brasileira”. Marinho anunciou que solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue discrepâncias, frisando a necessidade de transparência e responsabilidade fiscal.

— Eu espero que o bom senso impere, porque, por mais que nós sejamos a oposição aqui nesta Casa, nós estamos todos embarcados, somos todos passageiros nesse enorme navio. Nós queremos e precisamos ter estabilidade, estabilidade política, previsibilidade, segurança jurídica — apontou.

O senador criticou fala do presidente Luís Inácio Lula da Silva — que declarou ser pessoalmente contra a taxação de compras internacionais de até US$ 50, mas afirmou que não deve vetar o projeto de lei que ficou conhecido como "taxa das blusinhas" (PL 914/2024).

— Este é um governo que fala uma coisa e diz outra. Fala que é contra a taxação das compras da Shein, da Shopee, “das blusinhas”, como foi colocado pela grande mídia, porque taxam principalmente as pessoas mais pobres. Por que é que o ministro da Fazenda fala de forma diferente? Parece-me que há claramente um estelionato na forma como o presidente Lula se dirige à população brasileira, muito mais preocupado com a forma e a maneira como ele é recebido pela população do que em dizer a verdade.

Marinho fez um apelo por mais estabilidade e coerência nas políticas econômicas e fiscais, advertindo que a “incerteza prejudica o desenvolvimento do Brasil”.

No mesmo discurso, o senador informou que se licenciará por quatro meses para se dedicar às eleições municipais deste ano e destacou a importância do pleito como um “termômetro para o cenário político nacional em 2026”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)