CPI de Brumadinho vai ouvir envolvidos no monitoramento da estabilidade da barragem

Da Redação | 05/04/2019, 16h19

A CPI de Brumadinho tem reunião marcada para a próxima terça-feira (9), às 13h, com oitivas e requerimentos na pauta. A comissão vai ouvir Cristina Heloiza da Silva Malheiros, funcionária da Gerência de Geotecnia da Vale S.A. Conforme o requerimento do senador Carlos Viana (PSD-MG), Cristina Malheiros é citada em um processo na Justiça como responsável pelo monitoramento da barragem B1 da Mina Córrego do Feijão. Nos depoimentos colhidos no processo, existe a referência de que ela tinha conhecimento da situação de instabilidade da barragem que se rompeu.

Outro convocado é Renzo Albieri Guimarães Carvalho, também da Gerência de Geotecnia da Vale. O requerimento, também do senador Carlos Viana, aponta que nas alegações do Ministério Público “lê-se que Renzo Carvalho seria o responsável pela gestão da barragem B1 e que, nesse papel, teria conhecimento da situação de criticidade da barragem”. Para o senador, o depoimento desses convocados pode ajudar a identificar as responsabilidades individuais e da Vale na tragédia de Brumadinho.

Requerimentos

A CPI também vai votar dois requerimentos. A Juíza Selma (PSL-MT) quer a quebra do sigilo bancário e telefônico do engenheiro Makoto Namba, da empresa TÜV SÜD. Em seu requerimento, a senadora registra que Makoto Namba já declarou que foi pressionado a assinar o laudo de estabilidade da barragem B1 da Mina Córrego do Feijão.

O outro requerimento, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pede a indisponibilidade dos bens da Vale e dos bens de seus dirigentes Fábio Schvartsman, Gerd Poppinga, Lúcio Cavalli e Silmar Silva. A ideia é preservar os valores para as justas indenizações para as famílias das vítimas da tragédia de Brumadinho.

Objetivo

A CPI de Brumadinho é composta por 11 membros titulares e 7 membros suplentes. O objetivo da comissão é apurar as causas do rompimento da barragem na Mina Córrego do Feijão, da empresa de mineração Vale, em Brumadinho (MG) e investigar a segurança de outras barragens. A CPI é presidida pela senadora Rose de Freitas (Pode-ES).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)