Judicialização da política prejudica atividade parlamentar, diz Fernando Collor

Da Redação | 02/02/2019, 13h41

A crescente judicialização da política prejudica a capacidade do Parlamento de exercer suas funções, e mina a credibilidade da instituição para o exercício da democracia representativa. A avaliação foi feita neste sábado (2) pelo senador Fernando Collor (PROS-AL), em Plenário, ao apresentar a sua candidatura à Presidência da Casa.

— Não podemos aceitar a criminalização da política. Muitas questões levadas à judicialização decorrem de deficiências na legislação por nós elaborada. Precisamos trabalhar com mais afinco para elaborar leis mais efetivas. Assim teremos um ordenamento jurídico moderno e coerente, apto a alavancar o desenvolvimento do Brasil — afirmou.

Collor disse que o Brasil vive um momento crucial, e que a história recente do pais registra graves crises de representatividade que ainda ecoam sobre as instituições republicanas, inclusive o próprio Congresso Nacional.

O senador ressaltou ainda que o país emergiu das eleições de outubro de 2018 dividido para além das saudáveis divergências político-ideológicas,

— Persiste um ambiente polarizado que alimenta divisões e aprofunda sentimentos. Houve grave ruptura política. Não avançaremos com o país ressentido consigo mesmo. Dividida, a sociedade não encontrará o caminho da prosperidade econômica e superação das dificuldades — afirmou.

Ao defender sua candidatura à Presidência do Senado, Collor destacou sua atuação política como ex-prefeito de Maceió, ex-deputado federal, ex-governador de Alagoas e ex-presidente da República.

— O clamor das ruas exige resposta. Rever pacto federativo é fundamental para que estados e municípios deixem de ser humilhados e passem a ter meios adequados para sua sobrevivência. Aprofundar reformas é essencial para melhorar a eficiência da iniciativa privada — afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)