Lindbergh Farias elogia manifestações a favor do governo e cobra impacialidade dos juízes

Da Redação e Da Rádio Senado | 22/03/2016, 17h20

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) elogiou nesta terça-feira (22) as manifestações em várias cidades do país na última sexta-feira, quando milhares de pessoas  protestaram contra o processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff.

Ele disse que mesmo quem tem postura crítica ao governo se manifestou  por entender que o impeachment não tem fundamento e não passa de um "golpe contra a democracia".

— Nessas manifestações, ninguém fez o discurso do ódio, ninguém pediu a volta da ditadura, ninguém questionou a presença dos pobres da política, ninguém questionou direitos sociais e econômicos da população em geral ou afirmação dos direitos das minorias. Todo mundo pediu respeito à democracia, ao Estado Democrático de Direito e aos direitos e garantias que protegem a todos.

Lindbergh também criticou duramente as decisões do Poder Judiciário contra a posse de Lula como ministro chefe da Casa Civil. E lembrou frase de Ruy Barbosa, segundo a qual a "pior ditadura é a do Poder Judiciário, pois contra ela não temos a quem recorrer".

— E aí eu pergunto aos senhores: o Lula é condenado? Não é condenado. O Lula é processado? Não é processado. A denúncia não foi nem aceita. É um simples inquérito. (...) Mas, só por ter um inquérito, o ministro Gilmar Mendes impede que a presidenta Dilma nomeie o ministro da Casa Civil.

Ele ainda cobrou imparcialidade dos juízes, uma regra universal.

— O juiz tem que ter essa característica e essa postura. Não pode ser chefe de partido, chefe de facção. Nós não podemos aceitar como normal a partidarização do sistema judiciário brasileiro. Inclusive a Constituição impede que promotor, que juiz tenham filiações partidárias — afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)