Existem dois tipos de vacina contra o HPV. A bivalente contém partículas semelhantes aos vírus do tipo 16 e 18, os mais comuns causadores do câncer de colo de útero. A dose custa cerca de R$ 120. A vacina quadrivalente combate, além dos vírus 16 e 18, o 6 e o 11, responsáveis por causar as verrugas genitais, tanto em mulheres quanto em homens. A dose da quadrivalente tem um custo médio de R$ 350. Ambas as vacinas devem ser aplicadas em três doses e só são liberadas para mulheres de 9 a 26 anos. No PLS 238/11, a idade das mulheres a serem vacinadas seria estendida até os 45 anos.


Segundo a autora do projeto, essa ampliação se justifica pela evolução dos estudos clínicos, que já observam uma regressão nas lesões em mulheres que são vacinadas mesmo já tendo contraído o HPV.

De acordo com o ginecologista obstetra Arnaldo Joaquim de Santana, do Serviço Médico do Senado, é importante ressaltar que, mesmo com a vacina, a mulher não estaria totalmente livre do câncer do colo de útero. Isso porque a imunização criada só combate dois tipos de vírus HPV com alto risco de câncer. Por isso, a mulher deve continuar fazendo o exame preventivo, conhecido como papanicolau, capaz de diagnosticar a presença do vírus e as lesões antes da formação do câncer.

— A lesão detectada em estágio inicial é 100% curável — afirmou o médico. 

Hoje, o SUS oferece gratuitamente às mulheres o exame preventivo ginecológico em todos os estados do país. Basta procurar a Secretaria de Saúde do município para obter informações. Em sua justificação para o projeto de lei, Vanessa Grazziotin afirmou que a incidência do câncer de colo de útero é heterogênea nas diferentes regiões do país. Nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, o câncer atinge mais mulheres, devido à pobreza e à dificuldade de acesso aos serviços públicos. Por isso, a vacina seria mais uma estratégia no combate à doença. 

HPV


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