As causas do pânico ainda são desconhecidas. Algumas teorias estão sendo testadas e não há comprovação ou consenso entre os pesquisadores. Por enquanto a única recomendação dos médicos é que o doente dedique-se a seguir o tratamento e a levar uma vida normal, deixando de lado a preocupação com as causas do problema. A duração do transtorno também é imprevisível, e a doença tanto pode desaparecer em alguns meses como pode durar vários anos. 

O tratamento inicial leva de seis meses a um ano e consiste no uso de antidepressivos, eficazes no controle das crises, e de terapia psicológica (apenas a chamada cognitivo-comportamental, que visa expor o paciente, de forma controlada, à situação que lhe causa pânico, até que ele não reaja mais). A escolha da medicação deve obedecer a critérios básicos como:

- presença de outras doenças

- uso de outros remédios

- história de reação indesejável a determinados medicamentos

- 4 peso e demais características do doente.

Mesmo quando bem conduzido e seguido à risca, o tratamento não cura o pânico, apenas alivia os sintomas. Como os remédios têm efeitos colaterais e pioram as crises nas primeiras 48 horas, começando a fazer efeito apenas depois de duas ou até de quatro semanas, muitos doentes abandonam a medicação, sendo que 80% têm uma recaída entre quatro e seis semanas depois da suspensão do tratamento.

Segundo a pesquisadora norte-americana Kimberly Yonkers, ao longo de oito anos depois da última crise, as mulheres têm uma chance de recaída de 64%, enquanto os homens, de 21%.

Em longo prazo, 60% dos pacientes com pânico apresentam depressão e 12% tentam suicídio. Pode acontecer também de o doente desenvolver alcoolismo, como forma de "autotratamento" da ansiedade.


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