A Comissão de Direitos Humanos (CDH) debateu a ampliação do Teste do Pezinho com especialistas e representantes do governo no último dia 6 de junho, data em que se comemora o Dia Nacional do Teste do Pezinho por causa da criação do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). Na reunião feita a pedido da senadora licenciada Gleisi Hoffmann, o Ministério da Saúde anunciou que mais duas doenças poderão ser diagnosticadas por meio desse exame: a deficiência de biotinidase e a hiperplasia adrenal congênita. No entanto, a data para implantar esses novos diagnósticos não está definida. 

O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães Júnior, ressaltou que há um esforço do governo para levar a todos os estados o diagnóstico completo feito pelo teste do pezinho, que hoje alcança somente quatro estados. O professor Marcos José de Aguiar, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), alertou para o risco do "falso positivo" — quando o teste indica doenças inexistentes no recém-nascido — o que, segundo ele, é muito comum.

O professor disse que quando o falso positivo aparece, os pais são afetados psicologicamente e fazem exames muito caros para confirmar o diagnóstico. Ele argumentou que existem outras doenças que não têm tratamento ou têm tratamento questionável, além de pacientes que, apesar de portadores de doenças, serão assintomáticos a vida inteira.  

— A inclusão de mais doenças na triagem neonatal deve ser analisada caso a caso, para não se jogar dinheiro fora e atender, simplesmente, à indústria que produz equipamentos para esses exames — observou.


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