Brasil passou a adotar exame em 1976

Da Redação | 14/06/2011, 00h00

O teste de triagem neonatal foi desenvolvido pelo médico norte-americano Robert Guthrie, que em 1961 criou um método para diagnóstico precoce da fenilcetonúria em amostras de sangue seco colhido em papel-filtro. De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal (SBTN), a partir dessa iniciativa foi disseminada a triagem neonatal para diagnóstico de diversas doenças em grandes populações e, em 1964, 400 mil crianças tinham sido testadas para fenilcetonúria em 29 estados americanos.  

Em 1968, a Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a recomendar o "Teste de Guthrie", denominação internacional recebida pelo teste de triagem neonatal. No Brasil, o teste foi introduzido em 1976 pelo médico Benjamin Schmidt em um projeto da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (APAE-SP) para detecção da fenilcetonúria. Nas décadas de 1970 e 1980, os exames se disseminaram em alguns estados levando à edição de leis locais para a obrigatoriedade de realização. 

Em 1992, o Ministério da Saúde publicou portaria incluindo a triagem neonatal da fenilcetonúria e do hipotireoidismo no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2001, outra portaria do ministério ampliou a cobertura populacional e incluiu a anemia falciforme (e outras hemoglobinopatias) e a fibrose cística entre as doenças a serem detectadas pela triagem neonatal.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)