Câncer de boca já é o oitavo que mais mata

Da Redação | 03/10/2005, 00h00

Além de cáries e doenças da gengiva, o câncer de boca tem afligido muitos brasileiros. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são mais de 10 mil novos casos por ano, sendo o oitavo câncer de maior incidência no Brasil. Em 2002, o câncer de boca matou mais de 3.500 pessoas no país. Quase 40% dos casos da doença acabam em morte. Isso ocorre porque 70% dos diagnósticos são feitos quando a lesão atingiu um estágio avançado. A prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores armas para evitar tantas vítimas.

Fumo, álcool, má higiene e uso de próteses dentárias mal-ajustadas são as maiores causas do câncer de boca. O principal sintoma da doença é o aparecimento de feridas que não cicatrizam em até uma semana. Outros indícios são ulcerações superficiais e indolores com menos de 2 cm de diâmetro - que podem sangrar ou não - e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Em nível avançado, o câncer de boca provoca dificuldade da fala, do ato de mastigar e da deglutição, emagrecimento acentuado, dor e a presença de íngua no pescoço. No Brasil, geralmente desenvolve câncer bucal o indivíduo do sexo masculino, acima dos 30 anos, fumante, consumidor de bebidas alcoólicas e de classe social menos favorecida.

É recomendável como forma de prevenção que as pessoas façam o auto-exame da boca uma vez a cada seis meses. O objetivo é identificar lesões, mudança na cor da pele e mucosas, endurecimentos, caroços, feridas, inchações, áreas dormentes, dentes quebrados ou amolecidos e úlcera rasa, indolor e avermelhada. Quando o câncer bucal é diagnosticado, cirurgia, radioterapia e quimioterapia - isoladas ou associadas a outros tratamentos - são os métodos terapêuticos usados.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)