Pesquisa revela que muitas unidades de restaurantes populares têm problemas nas instalações

Da Redação | 15/05/2012, 00h00

A pesquisa Diagnóstico da Qualidade e Atenção Dietética nos Restaurantes Populares do Brasil, realizada em 2010 pela Universidade de Brasília (UnB), mostrou a importância da rede para a saúde das pessoas atendidas. Segundo a professora Raquel Botelho, 17% dos frequentadores apresentaram hipertensão arterial e 49%, excesso de peso, entre outros problemas de saúde relacionados à alimentação. Além disso, para muitos entrevistados, o almoço no restaurante era a única refeição do dia.

O levantamento constatou que o almoço dos restaurantes populares fornece uma média de calorias de acordo com o recomendado, embora o suprimento de sódio esteja bem acima do nível ideal. A informação sobre o valor nutricional em restaurantes faz parte, inclusive, do Projeto de Lei do Senado (PLS) 489/11, de Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), que se encontra na Comissão de Meio Ambiente.

Sobre a higiene nas instalações e na produção, transporte e manipulação de alimentos, a pesquisa indicou 14 unidades satisfatórias, 21 com restrições e duas insatisfatórias. O documento destacou a deterioração das estruturas físicas.

Raquel Botelho explicou que, a partir dos dados, foram realizadas oficinas de capacitação com os nutricionistas dos estabelecimentos, na área de fabricação e na melhoria da qualidade sanitária da refeição, assim como no planejamento do cardápio. A ideia é  buscar o aproveitamento de produtos regionais e a redução nos teores de sódio. Os restaurantes estão sendo revisitados, para nova avaliação.

Em março, debate na Comissão de Assuntos Sociais do Senado já apontara a necessidade de mais investimentos na capacitação de profissionais que trabalham com alimentos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)