Coleta seletiva se limita a ações muito básicas

Da Redação | 22/10/2013, 00h00

De acordo com a pesquisa da Abrelpe, quase 60% dos municípios brasileiros (veja mapa) já têm ações para promover a coleta seletiva de lixo. Mas a maioria delas se resume à disponibilização de pontos de entrega voluntária ou a convênio com cooperativas de catadores, iniciativas que não fornecem condições para aproveitar todo o potencial de reciclagem dos resíduos sólidos.

 

O volume de material selecionado e reciclado ainda está bem abaixo das possibilidades. Um exemplo é São Paulo. A maior cidade do Brasil, com 11,8 milhões de habitantes, é responsável por 13% dos resíduos sólidos domiciliares, conforme o IBGE. Recicla apenas 2% do total.

Estudo de 2010 realizado pela ­Fundação Nacional de Saúde afirma que 30% dos resíduos poderiam ser reaproveitados, desde que separados na fonte e coletados seletivamente para serem encaminhados para reciclagem. Segundo Geraldo Abreu, o prefeito Fernando Haddad se comprometeu, durante a Conferência Estadual do Meio Ambiente, a ampliar de 2% para 10% a quantidade de resíduos reciclados até o final de 2014.

 

A maior parte do lixo produzido no Brasil, segundo dados da Abrelpe, é orgânica. Em 2012, foram cerca de 29 milhões de toneladas, 51,4% do total. A segunda parcela mais significativa, 26,6%, é de papel, papelão e plástico, material que pode ser facilmente separado do lixo orgânico pela coleta seletiva e encaminhado para a reciclagem. O restante do lixo é composto por metal (2,9%), vidro (2,4%) e outros (16,7%).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)