Tratamento visa atingir fatores que provocam o mal

Da Redação | 16/03/2009, 00h00

O diagnóstico das labirintopatias é feito por uma avaliação otoneurológica que inclui o estudo da história clínica do paciente (informações detalhadas sobre sua tontura e outros sintomas, antecedentes pessoais e familiares, hábitos de vida, medicações e preferências alimentares), exames complementares (sangue, urina, radiológico) ou avaliações em outras áreas médicas, como endocrinologia, neurologia, cardiologia e psiquiatria, e uma sequência de testes auditivos e de equilíbrio corporal (testes labirínticos). A tomografia computadorizada e a ressonância magnética também são exames importantes a serem realizados.

O tratamento etiológico (da causa) é sempre mais eficaz que aquele que se propõe somente a eliminar os sintomas, com medicamentos sedativos e repouso. Conheça as medidas que devem ser tomadas em conjunto, segundo o otorrinolaringologista Arnaldo Linden, para garantir o sucesso do tratamento das labirintopatias:

– procurar eliminar ou atenuar a causa da tontura;

– utilizar com critério os medicamentos antivertiginosos (usados no tratamento das tonturas com a função de deprimir o sistema labiríntico). Os remédios devem ser prescritos de acordo com o diagnóstico médico e baseados nas reações orgânicas e psíquicas de cada paciente;

– personalizar os exercícios de reabilitação do equilíbrio: a reabilitação vestibular reajusta as relações entre os sinais enviados pelas estruturas responsáveis pela manutenção da postura corporal (labirinto, olhos, pele, músculos e articulações). São exercícios repetitivos com os olhos, a cabeça e o corpo que aceleram a compensação vestibular, ativando a neuroplasticidade – mecanismo natural em que o sistema nervoso tenta recuperar sozinho o equilíbrio quando ocorre uma lesão no vestíbulo. Estudo publicado pela Revista Brasileira de Otorrinolaringologia em março de 2008 conclui que, quando bem indicada e seguida pelo paciente, a reabilitação vestibular é um método terapêutico eficaz no tratamento de labirintopatias em poucas sessões;

– correção de práticas alimentares que podem agravar a vertigem e sintomas associados;

– mudança de hábitos ou vícios que possam ser fatores de risco, como o uso de açúcares de absorção rápida, café, álcool e fumo;

– cirurgia da vertigem: destinada a casos específicos (tumores, fracassos do tratamento clínico em certas doenças), em combinação, ou não, com as medidas citadas anteriormente.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)