Nova conjuntura deve ampliar opções

Da Redação | 22/05/2012, 00h00

Poupanças com saldo de até R$ 10 mil continuarão uma opção melhor que a maioria dos fundos de investimentos, segundo economistas, devido à isenção de taxas de administração e de impostos para pessoas físicas. Os pequenos poupadores, por isso, não serão prejudicados. Quem tem um valor maior para aplicar não terá prejuízos na poupança, mas poderá contar com um leque maior de investimentos.

— Para o pequeno poupador, a mudança no cálculo de rendimento não fará muita diferença. Para médios e grandes poupadores, acredito que o caminho natural seja surgirem novas opções apresentadas pelos gestores. Isso é bom para o país porque pode ajudar a desconcentrar o mercado financeiro, com novas instituições e novas modalidades de aplicação — prevê Piscitelli.

O professor da UnB acredita que, como a poupança é uma aplicação muito atrelada à cultura do brasileiro, levará um bom tempo para que os pequenos poupadores comecem a procurar alternativas para aplicar o dinheiro. Ele prevê que com o novo cenário de queda dos juros, os bancos terão que reduzir suas taxas de administração.

Entre os investimentos que oferecem risco baixo, quase tanto quanto a caderneta de poupança, estão os títulos do tesouro direto, o CDB e as letras de crédito imobiliário. Os fundos DI perderam a atratividade, a menos que as taxas de administração cobradas pelos bancos fiquem abaixo de 1% ao ano.

Segundo os consultores financeiros, quem já tinha dinheiro depositado na caderneta antes do dia 4 de maio de 2012 deve, de preferência, deixar tudo como está, a não ser que precise do dinheiro. Quanto aos novos depósitos, a indicação é analisar atentamente a melhor aplicação de acordo com o valor a ser investido, o prazo e o objetivo. Sem descartar a velha e boa caderneta de poupança.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)