Captação de maio supera R$ 4 bilhões

Da Redação | 22/05/2012, 00h00

Matematicamente, os brasileiros têm demonstrado confiança na nova rentabilidade implementada pelo governo. Em abril, rumores de mudança no cálculo de rendimento fizeram a captação da poupança obter o melhor desempenho dos últimos cinco anos: os depósitos superaram os saques em R$ 1,97 bilhão. Em maio, até o dia 15, a diferença foi de mais de R$ 4 bilhões a favor dos depósitos. O total das cadernetas em todo o Brasil ultrapassa R$ 438 bilhões.

Nos saques, as novas regras determinam que o dinheiro seja retirado prioritariamente do saldo dos depósitos realizados a partir de 4 de maio. Só depois que ele se esgotar será usado o saldo anterior. Mas o cliente pode, através de manifestação formal, solicitar ao banco que o saque seja feito dos depósitos de antes da mudança. Os bancos já emitem extratos informando os saldos separadamente.

A medida não gera mudanças nos financiamentos habitacionais garantidos pela poupança: tanto antigos quanto novos depósitos terão que ter 65% de seu valor direcionados para financiamento habitacional. Além disso, especialistas consideram que, como a grande maioria dos recursos vai ser remunerada pela forma antiga, já que o percentual de novos depósitos em relação ao todo é muito pequeno, o custo global não será significativo para os financiamentos ­habitacionais.

Como a desejada queda de juros já está acontecendo em toda a economia e chegou aos financiamentos habitacionais, quem adquiriu imóveis há pouco tempo pelas taxas anteriores está se sentindo prejudicado, porque as instituições financeiras se negam a renegociar os contratos, que têm parcelas mensais para pagamentos em até 30 anos. Num intervalo de poucas semanas, os juros nas parcelas da casa própria caíram de aproximadamente 11% para cerca de 9% ou menos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)